Arouca, Economia

Central de biomassa Arouca/Castelo de Paiva pronta em 2012

A futura central de biomassa florestal Arouca/Castelo de Paiva, um investimento de 80 milhões de euros, deverá iniciar a produção de energia em 2012.

Os dois municípios do interior do distrito de Aveiro estabeleceram já um protocolo com um investidor, que não querem por enquanto divulgar, para a concretização do projecto.

«Com este tipo de investimento será potenciado um território pouco povoado, com significativo espaço florestal, que constantemente é barrido pelos incêndios que devastam este património», afirmou o presidente da autarquia de Arouca, José Artur Neves.

O autarca sublinhou que com a nova unidade «é possível organizar bem a floresta».

O início das obras carece de «decisões finais» do investidor, que aguarda resultados do estudo de impacte ambiental, mas tudo aponta para que o projecto avance ainda este ano.

A central de biomassa, hoje anunciada em Arouca, irá ser construído nos limites dos dois concelhos, numa área correspondente a oito hectares, entre as freguesias de Santa Eulália (Arouca) e Real (Castelo de Paiva).

A central vai criar 50/60 postos de trabalho e poderá gerar cerca de 15 milhões de euros ao ano de rendimento para a economia local.

A unidade produzirá energia – ainda não quantificada – a partir de 300 mil toneladas de resíduos florestais por ano.

O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, Paulo Teixeira frisou a importância da «união de esforços» dos concelhos vizinhos para a concretização do projecto.

«É uma mais-valia fundamental para a região, densamente florestal e que necessita deste tipo de intervenções», disse.

Paulo Teixeira manifestou o desejo de que o arranque da central de biomassa coincida com a concretização do IC35 (Itinerário Complementar 35).

O IC35, que foi prometido em 2001 pelo então primeiro-ministro, António Guterres, pretende estabelecer uma ligação rápida desde a A4 em Penafiel até ao A25 (antigo IP5), no nó de Talhadas, em Sever do Vouga, servindo os concelhos de Castelo de Paiva, Arouca e Vale de Cambra.

«Dado o afluxo de tráfego previsível com a central de biomassa, convém termos melhores acessibilidades», concluiu Paulo Teixeira.

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