A 70ª Volta a Portugal de bicicleta, hoje apresentada em Lisboa, é considerada a edição mais dura dos últimos cinco anos. A quinta etapa da prova liga Gouveia a S. João da Madeira na distância de 186 quilómetros.
Com um total de 1.587,2 quilómetros, repartidos por 11 dias de prova – entre 13 e 24 de Agosto -, intercalados por um de descanso, o itinerário propõe ainda a subida ao Alto da Senhora da Graça, na véspera do “crono”, numa altura em que o desgaste acumulado terá um papel determinante.
O pelotão enfrentará novamente um curto prólogo em contra-relógio individual, em Portimão, estabelecendo-se uma primeira hierarquia, e vai experimentar partidas da Póvoa do Varzim (sétima etapa) e de Barcelos (oitava etapa), duas cidades que têm estado “riscadas” do mapa da grande corrida portuguesa.
O primeiro grande teste vai acontecer na terceira tirada – o quarto dia de competição -, após a segunda e mais longa etapa (198,6 quilómetros entre Portimão e Beja), com os 171,5 quilómetros entre Idanha-a-Nova e a Torre, através da menos dura vertente de Seia (28,5 quilómetros com cinco por cento de inclinação média), já depois de ultrapassada uma contagem para o prémio de montanha de segunda categoria (Alto do Teixeira) e outra de primeira (Portela do Arão).
Segue-se uma etapa de baixa dificuldade, entre Guarda e Viseu, cidade na qual se vai gozar o dia de repouso.
Depois, os corredores terão duas tiradas de transição, nas quais os triunfos deverão ser discutidos ao sprint, tal como deverá ter sucedido na primeira, segunda e quarta etapas.
À sétima tirada regressam os terrenos acidentados, com 177,8 quilómetros entre a Póvoa de Varzim e o Alto da Senhora da Assunção, em Santo Tirso, onde a meta coincide com uma “montanha” de segunda categoria (6,8 quilómetros com 5,9 por cento de inclinação média).
No dia seguinte, Barcelos e Fafe serão ligados, num total de 169,8 quilómetros, mas o caminho terá duas contagens de segunda categoria e duas de terceira, a preparar a emblemática ascenção ao Monte Farinha (8,3 quilómetros com 7,7 por cento de inclinação média).
Na nona e penúltima etapa, a mais curta das tiradas em linha, os ciclistas terão pela frente 146,2 quilómetros, entre Fafe e o Alto da Senhora da Graça, com duas “montanhas” de segunda e três de primeira, incluindo a mítica chegada entre os milhares de entusiastas das bicicletas nos arredores de Mondim de Basto há algumas noites.
A decisão, caso não tenham existido diferenças insanáveis, fica desde já marcada para a décima e última etapa, entre Penafiel e o Alto de Santa Quitéria, em Felgueiras, num contra-relógio individual de 40 quilómetros, cujos derradeiros 1.500 metros são bem exigentes (9,3 de inclinação média).
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