Póvoa de Varzim assinala Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância

Esta campanha tem como principais objetivos promover os direitos das crianças, relações de proximidade, de afeto e uma parentalidade positiva entre pais e filhos e sensibilizar a comunidade em geral para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância e juventude. 

A presença nas escolas é o ponto nevrálgico da campanha da CPCJ da Póvoa de Varzim. Deste modo, a CPCJ lançou o desafio a todos os agrupamentos de escolas do concelho para a elaboração de um laço azul com materiais reciclados a afixar nas fachadas dos estabelecimentos de ensino. Os alunos do 3º ciclo, secundário, professores e assistentes operacionais também são convidados a fazer um laço humano com t-shirt alusiva ao tema dos maus-tratos na infância. Foram ainda distribuídas 4132 pulseiras de sensibilização para os Direitos das Crianças a alunos do 1º e 2º ciclo.

Em paralelo, foram afixados cartazes em diversas entidades públicas e paragens de autocarros, sendo que 3201 profissionais das mais diversas entidades estão a utilizar o laço azul na lapela em alusão a esta temática. E junto destes profissionais com competências em matéria de infância e juventude está a ser divulgada, através de marcadores de livros, a forma como se processa a intervenção da CPCJ.

O processo de intervenção da Comissão também dá mote a uma palestra dirigida a catequistas das Paróquias de São José de Ribamar, Lapa e Matriz de modo a sensibilizá-los para a temática dos maus tratos a crianças e jovens.

Aos 1880 alunos do pré-escolar das redes pública, privada e solidária foi distribuído um desdobrável para pintar a divulgar a História do Laço Azul.

O Mês de Prevenção dos Maus-Tratos na Infância teve origem na História do Laço Azul, no ano de 1989, na Virgínia, Estados Unidos da América, quando Bonnie Finney, uma avó, prendeu uma fita azul à antena da sua viatura com o intuito de que as pessoas se questionassem sobre aquele adereço ali exposto. A história que a avó contou aos elementos da comunidade prendia-se com os maus-tratos de que a sua neta fora alvo por parte dos progenitores, tendo, inclusivamente, o seu outro neto sucumbido de forma desumana. Por conseguinte, esta colocou um laço de cor azul para não esquecer os corpos dos dois netos que se encontravam marcados com hematomas de cor negra. O azul servir-lhe-ia como lembrete constante na sua luta pela proteção das crianças contra os maus-tratos.