“Abrimos hoje de novo as portas da Ermida de Sto. António, para que continue a ser um lugar de história e de memória dos montijenses”. Foi com estas palavras do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, que, no dia 24 de junho, foi inaugurada a reabilitação da Ermida de Sto. António, localizada na Quinta do Pátio d’ Água, no Montijo.
“Ao realizar a obra de recuperação deste imóvel de interesse público, quisemos sublinhar que a fidelidade às nossas raízes e tradições constitui uma condição essencial para a construção do futuro”, afirmou o autarca.
A cerimónia iniciou-se com o descerramento da placa inaugural, a que se seguiu a bênção da Ermida pelo pároco do Montijo, Carlos Rosmaninho.
A Ermida de Sto. António, cujas origens remontam ao século XVI, foi alvo de uma profunda obra de reabilitação e restauro, tanto no seu interior como no exterior. Preparada que foi a base necessária para a colocação de um novo pavimento, foi instalado o pavimento final “Chão Comum”, simultaneamente objeto funcional e obra de arte, da autoria da conceituada artista montijense Fernanda Fragateiro.
A artista esteve presente na inauguração e explicou que a sua intervenção na Ermida teve duas preocupações essenciais: introduzir luz no espaço e dar visibilidade aos vestígios revelados pelos trabalhos de arqueologia, nomeadamente alguns azulejos que recordam os enxaquetados quinhentistas.
A cerimónia terminou com a atuação de um Sexteto de Cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, no Salão Nobre da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro.
Esta intervenção na Ermida de Sto. António representa um investimento total de 189.790,10 euros, com financiamento contratualizado no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano/Programa Operacional de Lisboa 2020 (através do FEDER, correspondendo a 94.895,05 euros, ou seja, 50% do valor total da obra).
Sucedendo à requalificação de meados do séc. XX, então sob projeto do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, a Câmara Municipal do Montijo promoveu esta intervenção assumindo plenamente a obrigação de cuidar o património público concelhio, não se limitando a conservá-lo, antes pugnando pelo seu enriquecimento e valorização.
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