A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis aproveitou o Dia Mundial da Diabetes para lançar localmente o projeto “Não à Diabetes”, um programa da Fundação Gulbenkian virado para o diagnóstico e para a prevenção da doença, com forte prevalência em Portugal.
A autarquia, juntamente com o município de Braga, foi, na região norte, um dos parceiros pilotos no arranque do projeto na área de intervenção da Administração Regional de Saúde do Norte.
Perante mais de uma centena de idosos que participou nas comemorações do Dia Mundial da Diabetes, o presidente da autarquia, Hermínio Loureiro, disse “ser fundamental juntar mais pessoas para esta causa”, num claro apelo às pessoas que “estão sentadas no sofá”.
“A atividade física é fundamental para combater esta doença silenciosa, bem como a necessidade de se adotar novas condutas alimentares”, afirmou o autarca, reconhecendo a disponibilidade dos seniores em responderem aos desafios da autarquia para participarem neste tipo de iniciativas.
“A vossa presença aqui vai fazer despertar outras consciências e juntar mais pessoas a esta causa”, disse, considerando que “se apostarmos na prevenção vamos ter mais e melhor qualidade de vida e os problemas da doença não serão tão frequentes”.
Para a vereadora da ação social, Gracinda Leal, “nunca é demais falar desta temática” e “precisamos de saber ao certo o número de pessoas atingidas pela diabetes sendo importante que se combata o sedentarismo, uma das razões para o aparecimento da doença”.
Segundo a vereadora, uma das vertentes do projeto será a realização de um rastreio para despiste da doença em pessoas entre os 20 e os 70 anos.
No âmbito do rastreio foram assinadas cartas-compromisso com a Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis, empresa Simoldes e Rotary Clube de Oliveira de Azeméis.
As comemorações do Dia Mundial da Diabetes envolveu a formação do logotipo humano “Não à Diabetes” e uma caminhada na ciclovia circundante à zona escolar e desportiva.
De acordo com o relatório de saúde de 2014 da OCDE, Portugal é o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da diabetes, 13% da população com idade entre os 20 e os 79 anos.
O Desafio Gulbenkian “Não à Diabetes” pretende evitar que 50 mil pré-diabéticos desenvolvam a doença nos próximos cinco anos.
Cada município fará o rastreio de 25% da sua população adulta encaminhando depois os indivíduos identificados como potencialmente diabéticos ou pré-diabéticos para os centros de saúde onde serão desenvolvidos programas educativos para promover a adoção de estilos de vida saudáveis.
Segundo a Federação Internacional da Diabetes, calcula-se que existam 387 milhões de pessoas em todo o mundo com a doença correspondendo a cerca de 8,5% da população adulta. Em 2035 estima-se que este número aumente para os 592 milhões.
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