No dia 7 de outubro, a Câmara Municipal de Mangualde assinou um conjunto de protocolos que visam a valorização das minas já recuperadas, pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), no concelho. Ficando o compromisso de ainda serem investidos mais de 14 milhões de euros na recuperação ambiental das minas abandonadas. Na assinatura marcou presença o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, o Presidente da Empresa de Desenvolvimento Mineiro, Rui da Silva Rodrigues, e o Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches.
Foram ainda assinados três protocolos de cedência, nomeadamente da antiga área mineira de Espinho ao Corpo de Intervenção em Operações de Proteção e Socorro (CIOPS) para treino de cães de busca e resgate, do sistema de distribuição de águas da Cunha Baixa (que permitirá regar cerca de 10 hectares de terrenos) e de um edifício para que a Junta de Freguesia da Cunha Baixa aí instale um centro interpretativo da atividade mineira da região.
EDIL CONSIDERA FUNDAMENTAL “OS ESPAÇOS ESTAREM AMBIENTALMENTE REABILITADOS, APROVEITÁ-LOS PARA A AGRICULTURA, PARA ATIVIDADES DA PROTEÇÃO CIVIL E TAMBÉM PARA O TURISMO”
Para o edil mangualdense, “a exploração das minas ajudou a economia, mas deixou um grande passivo ambiental”. Considerando fundamental “os espaços estarem ambientalmente reabilitados, aproveitá-los para a agricultura, para atividades da proteção civil e também para o turismo”. João Azevedo aproveitou a oportunidade e pediu ao secretário de Estado da Energia”o carinho necessário, para que seja possível colocar em Mangualde a rota do turismo mineiro”. O qual foi aceite, tendo Jorge Seguro Sanches reforçado “a importância de, com as raízes no passado, olhar para o futuro”. O autarca mangualdense terminou salientado que “esta questão do guião é fundamental não só para trazer pessoas para o concelho, mas também para promover e preparar pedagogicamente a história daqueles espaços que tiveram essa mais-valia na riqueza do país”.
Para Rui da Silva Rodrigues estes protocolos “refletem uma nova abordagem da EDM em relação à utilização destes espaços”. “Queremos que essa nova utilização envolva a proximidade das Câmaras, das Juntas de Freguesia e tenha um envolvimento genérico de responsabilização, quer da EDM, quer do município”, frisou. Desta forma, “esta parceria vai potenciar a dinamização de mais iniciativas quer no aproveitamento das áreas recuperadas, quer dos ativos reabilitados”. Com um investimento global que ascende os 22 milhões de euros, para o presidente da EDM, a intervenção em Mangualde representa “a segunda maior intervenção no âmbito do programa da recuperação das minas abandonadas”. As intervenções começaram em 2001 com a realização de um conjunto de estudos e de projetos, aos quais se seguiram as obras nas áreas mineiras de Espinho e da Cunha Baixa e da Freixiosa. “Neste momento temos um curso uma obra, que temos programada a sua conclusão para 2017, em Póvoa de Cervães e faltam realizar outras em Quinta do Bispo e Pinhal do Souto” referiu Rui da Silva Rodrigues.