A Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta-se a 28 de novembro, pelas 21h00, no Cineteatro D. João V, com peças de Beethoven e Mozart.
Depois da intensidade expressiva da Sinfonia Eroica, e no rescaldo da invasão de Viena pelas tropas de Napoleão Bonaparte, Beethoven refugiou-se durante os meses de verão de 1806 no palácio do Conde Brunswick, a cerca de trinta quilómetros de Budapeste. Terá então sentido a necessidade de se abandonar em humores mais espontâneos e ensolarados. Nasceu assim a Sinfonia N.º 4, quatro andamentos marcados pela boa disposição.
Rumores centenários aludem a uma relação amorosa tida entre o compositor e uma das irmãs do Conde, nessa ocasião. Não se podendo comprovar a veracidade da história, resta constatar que o ânimo que esta obra transmite só poderá dever-se a uma inspiração, seguramente, muito especial.
A serenidade desta sinfonia contrasta com o espírito impulsivo que levou o compositor alemão a escrever no ano seguinte a introdução musical de uma peça de teatro que nunca existiu. A Abertura Coriolano retrata musicalmente a figura lendária de um general romano que se insurgiu contra o seu povo e foi vencido. Em apenas oito minutos, percorre-se a estrutura genérica do drama homónimo de Shakespeare.
O programa completa-se com o célebre Concerto para Clarinete de Mozart, em cujo andamento central se reconhece uma melodia que combina na perfeição com o talento do clarinetista Nuno Silva, Solista A da OML. Esta obra foi escrita apenas dois meses antes da morte do compositor e ilustra certeiramente a sua personalidade. Faz coexistirem a alegria e a tristeza, o entusiasmo e a desolação.
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