Entre os meses de junho e de setembro deste ano, muito perto de seis mil pessoas visitaram o Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso, ex libris do Concelho, o que representa um acréscimo de perto de 1700 pessoas em relação a igual período de 2014.
De resto, considerando todos os meses do ano passado, mais de sete mil e 500 pessoas passaram pelo Núcleo Museológico, na Torre de Menagem, o que já representava, na altura, um recorde.
“Quando, em 2011, reabrimos este Núcleo Museológico, dissemos que estávamos a dar mais um contributo para potenciar todos os recursos do nosso concelho de modo a colocá-los ao serviço da melhoria da qualidade de vida dos Povoenses, incentivando a dinamização do comércio, do alojamento e da restauração, e podemos constatar que foi isso mesmo que aconteceu. Estes números traduzem isso mesmo, pois são pessoas que, a pretexto do Castelo, visitam a Póvoa de Lanhoso, fazem refeições nos nossos restaurantes e cafés, dormem nas nossas unidades de alojamento, fazem compras no comércio local”, refere o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista.
De lembrar que o Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso reabriu em julho de 2011, depois de um período em que esteve encerrado devido à implementação de um projeto com vista à sua conservação, valorização e animação.
Para a obtenção deste resultado em 2015, considerando apenas os quatro meses de verão, diversos fatores terão contribuído: a aposta numa aproximação entre este Monumento Nacional e as escolas do Concelho, através dos Serviços Educativos da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso; e as visitas guiadas proporcionadas aos utentes de várias instituições. A divulgação deste espaço através a realização da realização de eventos, como as duas festas solidárias, intituladas “Fãs do Vinil”, o que permitiu promover este Monumento Nacional (os ingressos não foram contabilizados nas entradas no Núcleo Museológico); a nova estratégia de comunicação através das redes sociais (Facebook) e de um outdoor colocado na Serra do Carvalho também contribuíram para este sucesso. De lembrar que, a partir de 1 de julho de 2014, entraram em vigor novos preços de entrada.
A maior visibilidade conferida às paredes e às siglas aí inscritas e a criação de mais um piso, através do qual é possível observar não só a laje onde a Torre foi erguida, mas também um monumento descoberto no decorrer dos trabalhos arqueológicos e que se suspeita ser anterior à romanização, foram mudanças introduzidas desde então. Este museu de sítio exibe ainda alguns dos objetos mais significativos (e alguns desconhecidos) encontrados durante a abertura da estrada para o Castelo e vídeos, não só sobre aquele Monumento Nacional como sobre a Póvoa de Lanhoso e o seu património material e imaterial. Revela ainda painéis que aludem à ocupação humana daquele local ao longo dos tempos.
Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso
No final dos anos 30 do século passado, aquando a abertura da estrada de acesso ao Castelo de Lanhoso, foram postos a descoberto vestígios de um povoado fortificado, designado de Castro de Lanhoso, que se insere no contexto da denominada cultura castreja.
Este sítio arqueológico foi objeto de intervenções arqueológicas que resultaram no aparecimento de inúmeros artefactos que permitem compreender e estudar a ocupação castreja no nosso concelho.
Alguns destes achados estão em exposição no Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso, como é o caso do capacete de Lanhoso, ornamentado com figuras geométricas, com pequena argola, para engate da corrente, e uma estátua sedente em granito, de braços apoiados sobre os joelhos e pernas dobradas em ângulos retos, representando, possivelmente, um chefe da comunidade castreja.
Estes artefactos, considerados os ex libris da exposição, estão datados do séc. I a.C.
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