A Árvore como parte da paisagem cultural, na cidade, nas aldeias, junto ao mar e aos rios. Visitar um centro de pedagogia ambiental, uma área protegida, um mosteiro, uma quinta e uma cividade. Um piquenique à sombra de árvores monumentais, com vista para o mar, acompanhamento musical e poesia à sobremesa. E ainda… aprender como era a floresta no tempo de Viriato.
Este é o desafio para o dia 17 de maio, domingo, das 9h00 às 18h30, integrado nas Rotas das Árvores e Florestas na Área Metropolitana do Porto. As inscrições são gratuitas e limitadas.
A visita começa no Centro de Memória de Vila do Conde, onde se localiza o Centro de Pedagogia Ambiental. Com a ajuda da exposição “Apontamentos da Paisagem” e de especialistas na matéria (arquitetas paisagistas Fernanda Orfão e Teresa Andresen), vão começar a explorar a importância das árvores e das florestas. A começar pelo seu papel na paisagem urbana, de que são exemplo as araucárias na Praça Vasco da Gama, imagens de marca da cidade. De seguida rumam ao litoral, para conhecer a única Paisagem Protegida de nível regional existente em Portugal, herdeira da Reserva Ornitológica de Mindelo. Aqui cruzam-se dunas, zonas húmidas, campos agrícolas e bouças, num mosaico único na região. Mais no interior, em Vairão, irão conhecer o seu Mosteiro fundado em 974, escondido entre plátanos e tílias monumentais, em pleno Caminho de Santiago. Do monte de Santo Ovídio avistarão o mar e a paisagem rural. Vão almoçar à sombra de seculares sobreiros (não se esqueça do piquenique), com “banda sonora” local e poesia dedicada às árvores (Escola de Música de Retorta e Tougues e professor Abílio Santos).
Cruzando o rio Ave e o seu afluente Este, com margens verdejantes, irão chegar à Póvoa de Varzim. Na Quinta de Beiriz, de inspiração romântica e património singular, vão descobrir mais de 1.700 árvores e arbustos, de cerca de 80 espécies diferentes (incluindo múltiplas raridades), rodeados de figuras míticas e lagos. Aqui as árvores são tratadas com respeito e muitos mimos, bem expressos neste verso que encontramos, do Comendador António de Carvalho Júnior que adquiriu e recuperou esta propriedade nos anos setenta: “Árvores lindas seculares | Ao topo elevo meus olhares | E na sua sombra amiga | Descanso minha fadiga.” Para terminar o dia em grande, e como os antigos é que sabiam de paisagem, rumarão à Cividade de Terroso, uma das mais significativas estações arqueológicas do Noroeste Peninsular. Com a ajuda do arqueólogo José Flores vão descobrir que espécies de árvores existiam aqui no tempo em que os povos castrejos habitavam a área e que tipo de utilização faziam essas comunidades da sua floresta.
Esta atividade desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, é organizada pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Câmara Municipal de Vila do Conde e pelo CRE.Porto, com o apoio da Escola de Música de Retorta e Tougues e da Freguesia de Vairão. É cofinanciada pelo ON.2.