Cultura, Portimão

Património oral do Algarve dá-se a conhecer em Portimão

Logo FOrAÉ já na próxima quinta-feira, 26 de junho, que tem início em Portimão a primeira edição do FOrA – Festival da Oralidade do Algarve, que até sábado passará em revista o património oral do Algarve numa série de eventos diversos, entre performances, oficinas, bailes, tertúlias, animação musical e muito mais.

 

 

 

Entre o Jardim 1º de Dezembro, a Casa Manuel Teixeira Gomes e o TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, o FOrA convida o público a circular de sessão em sessão, aprendendo saberes que sobreviveram até aos dias de hoje e que foram comunicados oralmente de geração em geração.

 

 

 

O FOrA começa na noite de quinta-feira na Casa Manuel Teixeira Gomes, a partir das 21h00, com uma introdução ao que é o património oral do Algarve, a que se segue a exibição do documentário “Quem Manda Aqui Sou Eu” de Tiago Pereira (projeto A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria).

 

 

 

Neste primeiro episódio da série “O Povo que ainda canta”, a música popular algarvia tem lugar de destaque, transmitindo os seus sons e as suas vozes através dos tocadores de acordeão, dos mandos, dos trava-línguas, dos bailes, num périplo que conjuga passado e presente, dos ranchos ao folk, do hip hop à música experimental.

 

À exibição do documentário, seguir-se-á um espaço de conversa subordinado ao tema “Património Oral. Salvaguardando o efémero”, onde se procurarão respostas para questões como o que é o património oral, quais as suas expressões, como preservar algo tão perecível e mutável, ou o que se tem feito no Algarve em prol da sua salvaguarda.

 

 

 

Estes e outros temas serão abordados por uma mesa de convidados, entre os quais se encontrarão José Ruivinho Brazão (APEOralidade), Margarida Tengarrinha (investigadora), Paulo Pires (programador cultural) e Sofia Matias (A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria).

 

 

 

O segundo dia do FOrA começa às 18h00, na Casa Manuel Teixeira Gomes, com uma Oficina de Cestaria, em que Isabel Luísa do Carmo, Diamantina dos Santos e Celeste Faustino irão ensinar os primeiros passos na técnica da cestaria, um saber que há séculos passa de boca em boca, de mão em mão, enquanto a partir das 19h00 será tempo de escutar Histórias do Mar, na voz do senhor João Pedro, de Alvor.

 

 

 

Depois do jantar, e já alimentado o corpo, é hora de dar lugar sustento à alma, estando marcado para as 21h30, também na Casa Manuel Teixeira Gomes, um encontro em que Fernando Reis Luís falará sobre Poesia Popular, tanto mais que o Algarve, de António Aleixo a João de Deus, é região de poetas que, na palavra escrita, perpetuaram tradições, dizeres e costumes que circulavam na voz dos mais antigos.

 

 

 

A noite desta sexta-feira, 27 de junho, termina em beleza no Jardim 1º de Dezembro com um animado Baile FOrA, que contará com a atuação do acordeonista Marcelo Rio.

 

 

 

O sábado começará com um diálogo entre gerações, agendado para as 16h00 na Black Box do TEMPO, com lengalengas e trava-línguas na voz de duas Nagragadas.

 

 

 

Esta sessão é especialmente destinada a crianças entre os 8 e os 12 anos de idade e respetivos pais, que serão conduzidos à descoberta das chamadas linquitinas, por intermédio de duas informantes de Paderne que integram o grupo de cantares tradicionais “Moças Nagragadas”.

 

 

 

A ideia é que o público mais jovem seja seduzido pelas lengalengas, se envolva em exercícios de ortofonia com trava-línguas e reaja às quadrinhas “non sense”, despertando assim para o interesse pela língua materna, enquanto espaço singular e apetecível de intervenção lúdica e livre criatividade.

 

 

 

As “Moças” darão lugar aos meninos e a Escola de Folclore do Rancho Folclórico de São Bartolomeu de Messines chegará ao Jardim 1º de Dezembro pelas 17h00 para ensinar Danças e Brincadeiras de Antigamente.

 

 

 

Ainda na tarde deste 28 de junho, a partir das 17h30 e no mesmo espaço, o TIPO – Teatro Infantil de Portimão promove uma Oficina de Jogos Tradicionais, na qual as crianças serão convidadas a participar ativamente, aprendendo novas formas de brincar e valorizando os conhecimentos adquiridos ao longo da vida pelas gerações anteriores.

 

 

 

Às 18h30, as Nagragadas dona Leonor e dona Almerinda regressam à Black Box do TEMPO para recordar como era o namoro à antiga, na sessão “A mulher e a expressão dos afetos no Cancioneiro Popular”, que representa um convite à descoberta da afirmação juvenil dos afetos, da intervenção da família, da vigilância da sociedade e de toda a vivência afetiva presente na poesia anónima do cancioneiro popular, a que se segue atuação d’Os Barlaventinos, com os seus cantares tradicionais, no Jardim 1º de Dezembro, a partir das 19h30.

 

 

 

A noite de sábado começa com teatro, uma vez que às 21h00, na Casa Manuel Teixeira Gomes, o Grupo de Teatro do Centro de Convívio da Aldeia das Sobreiras apresenta a peça “Marafedisses”, dirigida por João Bota.

 

 

 

O sotaque e as expressões típicas do Algarve serão aqui representadas em quadros humorísticos que não deixarão ninguém indiferente: Do rir ao contar histórias. Ana Machado evocará as lendas do Al-Gharb, entre mouras encantadas, cavaleiros valentes e sítios mágicos.

 

 

 

Encantados com as palavras, é altura de dar uso aos pés e até os de chumbo serão chamados a participar na Oficina de Danças Tradicionais, dinamizada por um grupo de exímias dançarinas de Alvor, que a partir das 22h30 ensinarão no Jardim 1º de Dezembro os bailes de roda, para que todos os participantes dancem noite adentro, até porque o festival não termina sem mais um Baile FOrA, com a atuação do acordeonista Pedro Silva.

 

 

 

Todos os eventos são de entrada gratuita, sendo de referir que as inscrições para as oficinas de cestaria e de danças tradicionais são gratuitas e estão abertas até 26 de junho, bastando aos interessados enviar um email com nome e contacto (telefone e/ou email) para um dos seguintes endereços: teiadimpulsos@gmail.com ou alvorecer.alvor@gmail.com.

 

 

 

O FOrA é uma iniciativa da associação Teia D’Impulsos, com a parceria das associações ALVORecer, TIPO – Teatro Infantil de Portimão, APEOralidade – Associação de Pesquisa e Estudo da Oralidade e do projeto A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, e com os apoios da Câmara Municipal de Portimão, Junta de Freguesia de Portimão, Go Portimão, Rádio Costa D’Oiro e Pedras Salgadas.

 

 

 

Mais informações acerca desta e de outras iniciativas da Associação Teia D’Impulsos em www.teiadimpulsos.pt ou através do e-mail teiadimpulsos@gmail.com.

 

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