Felgueiras, Sociedade

Dia da Mulher em Felgueiras atraiu muitas pessoas à Biblioteca

DSC_8024Felgueiras deu início, no Dia da Mulher, a um programa alargado comemorativo da efeméride, com um conjunto de iniciativas culturais na Biblioteca Municipal que se prolongarão durante o mês de Março. O programa inclui uma conferência, uma grande exposição colectiva de artes plásticas, poesia, canto, música, apresentação de livro e outras actividades.

Carla Meireles, vereadora da Cultura, na abertura da sessão cultural, enalteceu os dois momentos (da conferência e da exposição), sublinhando que, depois das obras de revitalização e ampliação da Biblioteca, “estão criadas as condições para iniciativas culturais importantes para a vida cultural do concelho”. A autarca mostrou-se feliz com parceria para a realização deste evento, com a adesão das 18 artistas, inclusive com “a participação de duas jovens artistas de Felgueiras: Dulce de Macedo e Mafalda Ayres”.

A iniciativa resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal, as Tertúlias Itinerantes (movimento cultural) e o grupo denominado Artistas Reunidas para o Dia da Mulher.

As comemorações deram início, no auditório, com a conferência “A Mulher e a História”, proferida por duas figuras académicas: a professora catedrática da Universidade de Coimbra Maria José Santos, que abordou o acesso das mulheres à escrita e à leitura, direito sobre o qual considera ter sido um processo lento de alcance ao longo da História; e Sara Marina Paiva (Museu do Calçado de S. João da Madeira), que abordou os aspectos de vestuário e moda como um reflexo de ansiedade e concretização de libertação da Mulher, que “veio alterar a realidade sociológica nas últimas décadas”.

Depois da conferência, foi inaugurada a exposição “Mulheres – Escravas e Deusas”, que atraiu muitas pessoas ao local e que estará patente até ao dia 29.

A exposição reúne 18 artistas mulheres a nível nacional, muitas das quais com nome consagrado na área da pintura, desenho, artes plásticas, instalação e performance: Adriana Henriques (Vieira do Minho), Alba Simões (Lisboa), Ana Cristina Dias (Lisboa), Antónia Gomes (Porto), Beatriz Pacheco Pereira (Porto), Cidália Correia (Torres Vedras), Cláudia Santos (Lisboa), Cristina Troufa (Porto), Dulce de Macedo (Felgueiras), Fátima Ferreira (Porto), Fernanda das Neves (Lisboa), Helena Leão (Porto), Madalena Macedo (Barcelos), Mafalda Ayres (Felgueiras), Margarida Nunes (Coimbra), Maria Adélia Coelho (Coimbra), Piedade Pina (Coimbra) e Sílvia Marieta (Entroncamento).

A sessão de abertura, que contou com a presença de muitas pessoas, foi moderada pela artista Margarida Nunes, que realçou os aspectos selectivos na exposição por todo o renovado espaço da Biblioteca. Dulce de Macedo congratulou-se com adesão de todos a este projecto. José Carlos Pereira, mentor das Tertúlias Itinerantes, visivelmente satisfeito com o êxito da iniciativa, sublinhou de que se trata de uma “excelente parceria”. Acrescentou: “É possível fazermos iniciativas deste género, com o êxito a que nos acostumamos, porque partilhamos boas vontades, mais importantes do que o dinheiro, que, só por si, não faz nada”.

No próximo sábado, e ainda no âmbito da exposição, será apresentado, pelas 16 horas, o livro “As Máscaras da Grande Deusa”, da investigadora e jornalista de O Jogo Cristina Aguiar, cuja análise crítica estará a cargo de Maria Assunção Tavares, médica psiquiatra do IPO Porto.

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