Cultura, Santa Maria da Feira, Sociedade

Performance, palestra e música quinhentista assinalam 500 anos do Foral da Feira e Terra de Santa Maria

Foral da Feira e Terra de Santa MariaA Câmara Municipal de Santa Maria da Feira dá início, dia 9 de fevereiro, ao programa de comemorações dos 500 anos da atribuição do Foral à Vila da Feira e Terra de Santa Maria por D. Manuel I. A partir das 17h00, a Biblioteca Municipal será palco de uma performance, seguida de uma palestra alusiva ao tema e de música quinhentista.

 

Pelas 17h00, o público será recebido no auditório da Biblioteca Municipal num ambiente de encenação. Logo depois, o vereador da Cultura, Turismo, Bibliotecas e Museus, Gil Ferreira, apresentará o programa oficial das comemorações. Segue-se uma performance que vai colocar em palco três atores – os escolhidos para arautos do Foral da Feira e Terra de Santa Maria – que vão revelar a ansiedade e angústia da nobre missão que lhes foi incumbida.

 

“O Foral da Feira e Terra de Santa Maria (1514): Direitos Reais, Senhorialismo e Concertação” é o tema da palestra que será proferida por Francisco Ribeiro da Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e uma referência no estudo de cartas de foral. Natural de Santa Maria da Feira, o historiador desenvolveu um estudo aprofundado da Carta de Foral atribuída por D. Manuel em 1514, que entretanto será publicado em livro.

 

O programa encerra com música quinhentista, pelo ensemble Rosa Del Ciel. “O Som da Palavra” traz à luz canções da Renascença e início do Barroco (séculos XV e a XVII). No palco, o ensemble vai cantar, tocar, representar, dançar – enfim, fazer arte – remetendo para uma prática artística de séculos atrás.

 

Carta de Foral

O Foral manuelino da Feira e Terra de Santa Maria, embora tenha sido abolido em 1832, foi um diploma régio que regulou a vida económico-produtiva-comercial e uma boa parte das relações humanas dos habitantes desta terra, durante mais de 300 anos.

Numa sociedade de antigo regime, que assentava na desigualdade e no privilégio, o Foral indica que, para além do centralismo do poder real e da importância local do Senhorio, que era o Conde da Feira, os moradores e lavradores, testemunhas da memória e do que era costume, foram ouvidos nas negociações e concertações que precederam a fixação no diploma dos tributos e das pensões a pagar pelos foreiros.

 

A Câmara Municipal vai estender o programa de comemorações dos 500 do Foral da Feira e Terra de Santa Maria até ao final deste ano.

 

 

 

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