Foi celebrado na passada quinta-feira, dia 26 de setembro, entre o Município de Óbidos, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Agrupamento de Escolas Josefa d’Óbidos, um protocolo no âmbito das parcerias Comenius Regio. Uma nova candidatura na área da educação que estabelece uma parceria entre o Município de Óbidos e o Município de Gentofte (Dinamarca), tendo como parceiros o Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Microsoft Denmark.
O projeto “Pedagogical practices in contexts of participation and creativity” centra-se em três pontos. Na formação de professores, focando os diferentes estilos de ensino-aprendizagem, numa nova organização dos professores e dos alunos (criação de equipas de professores e grupos de alunos) e na articulação curricular com o ateliê – Fábrica da Criatividade.
A Agência Nacional atribuiu ao Município de Óbidos um financiamento de cerca de 42 mil euros para desenvolver, nos próximos dois anos letivos, o conjunto de atividades propostas na candidatura.
Segundo Telmo Faria, Presidente da Câmara Municipal de Óbidos, “este projeto busca desenvolver ferramentas que tragam melhores processos de ensino-aprendizagem”. “Acreditamos muito na cooperação, nas redes de partilha e de troca de ensinamentos, que são fundamentais para a descoberta dessas novas soluções”, sublinhou, acrescentando que “os projetos educativos devem estar respaldados em redes que não sejam só nacionais, mas de cooperação internacional”.
O autarca afirma ainda que faz sentido “colher as boas práticas de cada sistema educativo e ter a inteligência de perceber, à nossa maneira, com os nossos meios, com a nossa matéria-prima e com os nossos recursos, a sua aplicação à realidade do País”. Ter esta parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, “a instituição com mais prestígio e importância na sociedade civil portuguesa, é algo que também nos prestigia, que nos vai ajudar a trabalhar melhor”, subindo “o nosso nível de responsabilidade” e engrossando “uma fileira de atores de prestígio que nós queremos ter sempre na retaguarda do nosso projeto educativo”, concluiu Telmo Faria.
Diogo de Lucena, da Fundação Calouste Gulbenkian, diz não acreditar em escolas “que não têm um projeto”. “É preciso experimentar, ver outras realidades, trocar informação, trazer os professores para dentro do projeto”, explica, garantindo que esta é “a única forma e de ter uma educação boa”. O responsável entende que “não é preciso que as escolas sejam todas iguais, mas todas têm de ter um projeto em que toda a gente adira, que toda a gente defenda e lute por ele”.
Com a celebração deste protocolo, “esperamos contribuir, mas também queremos aprender com a experiência e o facto de ter uma componente internacional, de ter uma componente como a Fundação, acho que temos todas as condições para, daqui a uns anos, todos nós nos orgulharmos de participar nesta experiência”, frisou Diogo de Lucena.
Por seu lado, Eduardo Vale, do Agrupamento de Escolas Josefa d’Óbidos, afirmou que “é uma honra para o agrupamento, para os nossos professores e para a restante comunidade participar num projeto desta envergadura”. “De certeza que os nossos professores, ao participarem neste projeto, vão adquirir novas competências, vão contactar com sistemas educativos diferentes, inovadores e vão trazer essas experiências que vão ajudar a construir o projeto que nós queremos para o nosso agrupamento”, frisou.
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