O «Reflexo da crise… medicação e riscos associados» foi o tema que esteve, ontem, em destaque na biblioteca Municipal Ferreira de Castro, no âmbito de um seminário destinado a toda a comunidade.
Numa altura em que o país atravessa dificuldades, que indiretamente interferem na saúde de cada indivíduo, a iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, pretendeu abordar modelos alternativos à automedicação.
«A autarquia continua atenta às questões da saúde e tem trabalhado no sentido de proporcionar à população sessões de formação e sensibilização em torno desta temática», afirmou a vereadora da ação social.
Segundo Gracinda Leal, «é, pois, necessário que todos percebam a importância da prevenção dos riscos e de proteção da saúde».
O seminário, que contou com a participação de profissionais da área da saúde, pretendeu ser um espaço de debate e de consciencialização para a necessidade de incentivar comportamentos de segurança, de modo a evitar a automedicação e os efeitos associados.
De acordo com Henrique Lopes Pereira, presidente do Conselho de Direção da Escola Superior de Enfermagem, «a saúde coletiva vê-se pela capacidade de cada um em ver a sua situação resolvida».
«O que diferencia um medicamento de um veneno é a sua dose», defendeu Rita Mendes, médica de família, que abordava a dependência da medicação e as alternativas saudáveis.
«Os fármacos devem ser sempre a última opção, pelo que existem outras escolhas primordiais como a adoção de uma alimentação saudável e exercício físico», concluiu.
«Porque todo o medicamento é um potencial causador de efeitos adversos, os riscos aumentam com a toma continuada», disse Ana Freitas, do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga.
Nas palavras de Margarida Caramona, docente na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, «existem medicamentos que tratam, mas que podem ser prejudiciais se não forem bem administrados».
Estiveram ainda presentes no seminário, Pedro Marques, vereador do desporto, Jorge Oliveira Silva, médico e presidente da Assembleia Municipal e Virgílio Caria, do Agrupamento de Centros de Saúde do Entre Douro e Vouga II.
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