Cultura, Marinha Grande, Sociedade

Erga Rehns doa peças ao Museu do Vidro da Marinha Grande

A artista plástica Erga Rehns, que trabalhou na Fábrica-Escola Irmãos Stephens (FEIS) entre 1986 e 1992, doou peças de sua autoria ao Museu do Vidro, na Marinha Grande. A Câmara Municipal, na sua reunião ordinária de 15 de novembro, deliberou aceitar a doação proposta pela artista.

 

Erga Rehns ingressou na FEIS a convite de Victor Carvalho, então administrador da fábrica, tendo trabalhado com alguns dos grandes Mestres Vidreiros da fábrica (como Joaquim Domingues, Ilídio Fortunato e António Esteves, entre outros) na criação das suas esculturas e peças em cristal.

 

Atualmente vive em Wadi Run, na Jordânia, encontrando-se a preparar o seu regresso para Portugal no próximo ano.

 

O Museu do Vidro conseguiu localizá-la em setembro deste ano, dada a necessidade de obter informação para classificação e caracterização das peças que possui no seu acervo, bem como de preparar a exposição permanente no Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro.

 

A artista disponibilizou-se para vir à Marinha Grande, uma vez que tinha uma viagem programada a Portugal, numa visita que decorreu de 12 a 14 de novembro, durante a qual forneceu informação sobre o seu percurso e produção artística, bem como sobre a época em que trabalhou na Marinha Grande.

 

Reencontrou-se ainda, ao fim de cerca de 20 anos, com três antigos trabalhadores e uma antiga trabalhadora da fábrica, com quem privou na FEIS, desejando encontrar-se com outros mais aquando do seu regresso a Portugal no próximo ano.

 

No final da visita, transmitiu ao Museu do Vidro a sua vontade de doar alguns trabalhos que ainda tem em sua posse, para fins exclusivamente museológicos, nomeadamente:

 

– Uma escultura em cristal transparente com base em pedra, com aproximadamente 52,5cm de altura;

– Uma escultura em cristal policromo, com forma cónica, aberta nos dois topos, com aproximadamente 30cm de altura e cerca de 25cm de diâmetro;

– Uma escultura em cristal policromo, com forma cilíndrica, aberta nos dois topos, com aproximadamente 38cm de altura (máxima);

– Uma escultura em cristal policromo, com aplicação de “cordas” de cristal transparente, aberta nos dois topos, com aproximadamente 40cm de altura;

– Um disco em cristal policromo, com aproximadamente 37cm de diâmetro;

 

Deste modo, atendendo à importância deste conjunto de bens para a história da indústria vidreira e das artes plásticas em Portugal, para a coleção de arte contemporânea do Museu do Vidro e para a vocação e objetivos do museu, a Câmara Municipal aceitou as peças.

Artigo AnteriorPróximo Artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *