Alcoutim, Sociedade

Seminário debate estratégias “Pró-Futuro de Alcoutim”

Traçar um plano estratégico de desenvolvimento para Alcoutim, foi o grande objetivo do seminário “Pró-Futuro de Alcoutim”, realizado no “Guadiana River Hotel” (Alcoutim).

 

Organizado pelos “Amigos Pró-Futuro de Alcoutim” e debruçado sobre três eixos de desenvolvimento territorial – “Atividades Económicas”, “Agricultura. Florestas e Ambiente” e “Rio Guadiana” – o seminário teve uma audiência repleta e analisou e incrementou caminhos de aposta nas potencialidades do concelho alcoutenejo.

 

A sessão de abertura contou com as presenças do presidente da CCDR Algarve. David Santos, do diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Fernando Severino, do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, e do representante da entidade organizadora e “senador” da vida política nacional, Carlos Brito. “Os censos de 2011 provocaram o grito de alarme que levou à constituição deste grupo”, declarou Carlos Brito, referindo ainda que algumas medidas da administração central têm constrangido e desincentivado o investimento económico no território. “Um país onde levam mais de 10 anos a aprovar um projeto de investimento privado não é um país sério”, acrescentou Francisco Amaral, referindo-se aos estrangulamentos de alguns instrumentos de ordenamento do território. O autarca criticou ainda severamente os critérios de atribuição do último Quadro Comunitário de Apoio, que considerou “o Algarve uma região rica e a Andaluzia, mesmo aqui ao lado, um território carenciado”. Pese embora o resultado dos últimos censos, Francisco Amaral sublinhou que no concelho de Alcoutim também se registou um aumento do número de habitações, o que pode significar, acrescentou o presidente da CCDR Algarve, que há muita gente a regressar mas mantendo as antigas residências.

Sobre a atribuição do próximo Quadro Comunitário de Apoio, David Santos declarou que há mudanças bastante positivas para o território, como a possibilidade de realizar candidaturas multifundos e inter-regionais, mas também que se avizinha um combate à denominada “política de cidade”, que “com certeza irá contribuir para acentuar as assimetrias”.

 

O diretor regional de Agricultura e Pescas, Fernando Severino, ressalvou a “pinheirização”, feita há 20 anos, “que tanto foi criticada mas que hoje já se sente pulsar”, garantindo que o projeto contribuiu fortemente para a recuperação económica do nordeste e foi também relevante no combate ao despovoamento, defendendo que a prática de investimento florestal é um pilar fundamental para o desenvolvimento de Alcoutim.

 

Exemplos de sucesso no desenvolvimento económico e populacional raiano foram trazidos ao debate, nomeadamente o projeto Querença e o trabalho desenvolvido pela ADPM (Associação de Defesa do Património de Mértola). O rio Guadiana, a cooperação transfronteiriça e o aproveitamento de fundos comunitários foram definidos como apostas basilares “pró-futuro de Alcoutim”, ficando assente a importância de iniciativas, como este seminário, que pressionem e denunciem os referidos constrangimentos da administração central ao desenvolvimento de Alcoutim e o papel fundamental de uma sociedade civil organizada.

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