Santa Maria da Feira, Sociedade

Câmara da Feira testou nova de tampa de saneamento para evitar roubo das metálicas

A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira testou uma nova tampa de saneamento, em material compósito reforçado a fibras, que substituirá gradualmente as tradicionais tampas metálicas, cada vez mais sujeitas a roubos, tendo como destino o mercado paralelo das sucatas. Emídio Sousa, vice-presidente da autarquia feirense, e Pedro Martins Pereira, responsável pela empresa Projeto Alba, que desenvolveu esta nova solução, acompanharam a colocação da primeira tampa, no dia 26 de outubro, na freguesia de Rio Meão.

 

Emídio Sousa estima que no Concelho serão roubadas cerca de mil tampas de saneamento e águas pluviais por ano, para além das grelhas das sarjetas. Por isso, o autarca desafiou a empresa Projeto Alba, de Albergaria-a-Velha, a criar uma nova tampa num material não metálico, mas com a mesma capacidade de resistência ao tráfego rodoviário. “A empresa aceitou o nosso desafio e, com o apoio dos técnicos da Câmara Municipal, desenvolveu esta solução inovadora que vem dar resposta ao flagelo dos roubos de peças metálicas que está a proliferar por todo o país e em vários países europeus”, refere o vice-presidente da Autarquia.

 

A nova tampa tem um custo superior às tradicionais de metal, mas “o investimento compensa”. Além do prejuízo que a Autarquia tem com a substituição permanente das tampas roubadas, Emídio Sousa alerta para os “prejuízos não quantificáveis” decorrentes do furto destas coberturas. “A segurança das pessoas para nós não tem preço”, reforça o vice-presidente e responsável pela pasta de Obras Municipais.

 

Agora colocada em contexto real, a nova cobertura será testada e, a confirmar-se a sua resistência ao tráfego diário, a Autarquia avançará com a aquisição de uma primeira encomenda de uma centena de exemplares da nova tampa.

 

Para Pedro Martins Pereira, proprietário da marca Alba e filho do fundador desta empresa de metalurgia e fundição com quase 90 anos (www.projectoalba.pt), “este foi mais um desafio que teve um final feliz”, adiantando que a maior dificuldade na execução desta solução foi a resistência à carga (cerca de 40 toneladas). “Para chegarmos aqui foi preciso partir muita pedra, mas não encaramos o tempo despendido como um custo, mas sim um investimento”, refere. “A nossa preocupação foi responder ao desafio da Câmara de Santa Maria da Feira, mas a partir de agora poderemos alargar a nossa oferta a outros municípios”, remata o empresário.

 

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