O projeto PROVE já está em execução na Póvoa de Lanhoso, com a entrega de cabazes aos consumidores a acontecer todas as sextas-feiras. O objetivo é contribuir para a revitalização dos meios rurais e dos circuitos de proximidade, articulando produtores agrícolas locais e consumidores. A implementação desta estratégia de desenvolvimento local é promovida territorialmente pela ATAHCA (Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Cávado e do Homem) e conta com a mediação e apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso através do Gabinete de Apoio ao Bioagricultor.
Reações positivas.
A Vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira, é uma das consumidoras e destaca as vantagens do projeto. “Agora sei que os produtos que consumo têm qualidade e, acima de tudo, que são de produtores locais, produzidos com os devidos cuidados. São produtos de confiança”, refere, salientando que “em casa, já sentem a diferença. Os produtos são melhores e consumimos mais legumes”. Além disso, explica que começou a utilizar as ervas aromáticas que vêm no Cabaz. “Também já fazemos chá com as ervas aromáticas. Tudo é melhor e conheci produtos que não conhecia como o limonete”. Maria José Lourenço também já está inscrita como consumidora. “Relativamente aos produtos estou muito contente e a qualidade dos mesmos é superior aos que habitualmente comprava e, além disso, isto é uma forma de apoiar os produtores locais. Sempre que possível divulgo esta iniciativa junto dos colegas e até já consegui que uma se inscrevesse”, refere. Esta professora também já explicou aos filhos o porquê desta iniciativa e a razão de ter aderido. Elvira Santos também participa. “Estou muito contente com esta iniciativa. Noto que estes produtos são mais frescos. E gosto de ver os produtores locais a vender estes produtos”, considera, revelando que já divulgou o projeto a familiares e que estes também vão aderir. Marco Abreu também é consumidor. “O principal propósito de ter aderido é, sem dúvida, apoiar o produtor local. Estamos muito contentes com os produtos”, salienta, considerando positiva esta iniciativa e referindo que “a forma mais rápida de dar a volta à economia começa por aqui”.
Da parte de quem produz, as expetativas são boas. Maria Emília, 42 anos, de São João de Rei, é uma das produtoras aderentes. Depois de ter tomado conhecimento deste projeto, frequentou a formação e as reuniões preparatórias, tendo resolvido aderir por acreditar nesta medida, já que dispunha de terreno disponível, com árvores de fruto e ervas aromáticas. Participa porque quer rentabilizar os seus terrenos e alargar o cultivo. João Domingos Silva, 37 anos, de Friande, já é empresário agrícola pelo que o cultivo não é novidade. Salienta que já produzia, mas que agora já vende. Refere ainda que tem mais terrenos e que está preparado para aumentar a produção e até alargar os terrenos. “Gostaria de ter estufas para poder produzir mais”, afirma ainda. Isabel Oliveira, 27 anos, de Taíde, produz em terrenos próprios. Tem uma pequena horta e decidiu participar para poder escoar todos os produtos que tem nos seus terrenos. Pretende produzir e vender mais.
Cabazes variados.
Os cabazes cumprem regras tais como ter legumes para sopa, legumes para saladas e frutas para sobremesa. Todos os produtos são frescos e vêm diretamente de pequenos produtores do concelho. Têm entre cinco e nove quilos, dependendo se é um cabaz pequeno ou grande e a relação qualidade / preço é muito atrativa.
Como consumidor basta proceder à sua inscrição no núcleo da Póvoa de Lanhoso no site do Prove (www.prove.com.pt), escolher se quer ser consumidor semanal ou quinzenal, escolher o tipo de cabaz e sinalizar até um máximo de cinco produtos que não pretende vir a receber. É enviado um pedido de adesão que fica a aguardar confirmação por parte do núcleo Prove. Também pode consultar o site do Município e obter as informações necessárias (www.mun-planhoso.pt)
O Núcleo PROVE do Alto Cávado – Póvoa de Lanhoso começou a entrega de cabazes no dia 8 de junho, nas instalações do Banco de Voluntariado, na Av. 25 de Abril, na Vila. As entregas são às sextas-feiras, entre as 17h30 e as 18h30.
O PROVE, enquadrado no Subprograma 3 do PRODER – Abordagem LEADER, conta já com 27 núcleos constituídos, envolvendo mais de 60 produtores e 900 consumidores. Todas as semanas, 6,5 toneladas de produtos hortofrutícolas são comercializadas com o selo Prove. A Rede Europeia de Desenvolvimento Rural destacou esta iniciativa portuguesa, que ajuda a promover o comércio de fruta e legumes frescos de origem local, atribuindo-lhe o estatuto de “projeto do mês”.
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