Cultura, Póvoa de Varzim

Justino Pereira falou sobre a história da Misericórdia – P. Varzim

Justino Pereira foi o orador d’ “À quarta (h)à conversa”, ontem à tarde, no Arquivo Municipal.
A Santa Casa da Misericórdia, desde as suas origens, foi o tema desta iniciativa. O professor referiu que esta é a instituição mais antiga da Póvoa e a sua fundação data de 1756.
“A Igreja da Misericórdia só existe porque uma igreja ia ser destruída”, informou, esclarecendo que foi o facto da antiga Igreja Matriz não ter sido demolida e graças à doação dos bens da benemérita Maria Fernandes que a Igreja da Misericórdia surgiu.
A actual Igreja da Misericórdia foi construída a partir de 1910. Peres Guimarães aproveitou o traço concebido por Adães Bermudes e procedeu ao alargamento do edifício introduzindo algumas modificações. Ainda sem estar concluída, foi inaugurada a 12 de Agosto de 1914 por D. António Barroso, Bispo do Porto.
Da antiga igreja, foram conservados alguns elementos como um quadro de azulejos, o altar e o arco da primitiva capela, entre outros. Pelo seu valor histórico, actualmente, encontram-se no Museu da Santa Casa da Misericórdia, juntamente com instrumentos antigos do Hospital.
Quanto ao desempenho da instituição, Justino Pereira revelou que, desde o início, a Santa Casa prestava um serviço de auxílio a pobres e doentes, sendo que, depois da aprovação do Provedor, distribuía medicação. Para além disso, emprestava dinheiro, sobretudo à classe piscatória, mas também a frades, como foi o caso do Convento de Vilar.
Justino Pereira falou ainda do ritual da eleição do Provedor da Santa Casa da Misericórdia e das desavenças que existiram quer dentro da instituição entre o Provedor e o Capelão quer entre a Paróquia da Matriz e a Igreja da Misericórdia, levando algumas vezes à destituição da Mesa Administrativa.
O orador referiu-se, igualmente, a outros equipamentos da Santa Casa da Misericórdia para além da Igreja e do Hospital como a Casa do Despacho e o Asilo.

Se precisa de Agência de E-commerce pode ver a Livetech

Artigo AnteriorPróximo Artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *