A Câmara de Oliveira de Azeméis assinou esta manhã o contrato de empreitada de recuperação das margens do rio Caima, um investimento de 721 mil euros que irá requalificar ambientalmente 16 hectares de terreno da freguesia de Palmaz.
«O projecto é interessante do ponto de vista ambiental e turístico estando associado à valorização das energias renováveis», afirmou Hermínio Loureiro, presidente da autarquia.
As obras de requalificação foram adjudicadas pela autarquia por um valor 25% abaixo do preço-base do concurso, anunciou o presidente do município na assinatura do contrato de empreitada.
«O projecto insere-se na aposta e na valorização do turismo, uma área estratégica para o concelho de Oliveira de Azeméis, acrescida com a responsabilidade do município integrar a Área Metropolitana do Porto», disse. «A autarquia não quis desperdiçar a oportunidade de aproveitar o potencial turístico do concelho», explicou Hermínio Loureiro acrescentando que «este é mais um passo para a requalificação dos nossos rios».
«Vamos ter um rio Caima despoluído, atractivo e na área económica potenciador de riqueza para o município», garantiu.
«A intervenção pretende ser o motor de um projecto de valorização abrangente onde são bem evidentes as preocupações ambientais através da construção de um eco-hotel, o primeiro investimento privado em Portugal que irá funcionar integralmente com energias renováveis», afirmou o autarca.
A recuperação das margens do rio Caima envolve a valorização da zona entre a antiga fábrica de papel do Caima e o açude do Areínho e resulta de uma parceria público-privada em que intervêm a autarquia, a Área Metropolitana do Porto e os proprietários dos terrenos.
As obras, que ficarão concluídas até ao final de 2011, vão abranger 70% de Reserva Ecológica Nacional (REN) e 26% da Reserva Agrícola Nacional (RAN).
Na área de intervenção, o município quer recuperar algumas infra-estruturas devolvendo à população usos antigos e o usufruto de espaços naturais e de lazer onde se inclui a recuperação de lagoas em piscinas biológicas, espaços para piqueniques e a construção de uma praia fluvial com travessia pedonal sobre as lagunas.
O plano fará ainda a reposição da vegetação característica da zona onde se inclui a utilização de espécies vegetais arbóreas autóctones resistentes ao fogo.
Fora do âmbito ambiental e turístico, o projecto tenciona avançar, nas antigas instalações da fábrica de papel do Caima, com a leccionação de mestrados na área de cuidados continuados, em parceria com a Universidade de Aveiro.