Representantes de mercados municipais de norte a sul do país estiveram ontem reunidos em Portimão no Encontro “Mercados Municipais do Presente – Partilha e Troca de Experiências para o Futuro”, tendo avançado com uma série de ideias, como a criação de um serviço de transporte de compras à casa das pessoas e de um cartão de cliente que proporcione descontos na aquisição de produtos.
Depois de abordarem os problemas actuais com que se deparam estas importantes estruturas de comércio retalhista, os participantes nesta iniciativa promovida pelo Município de Portimão sublinharam também a importância do horário da tarde, fundamental para fidelizar clientela, a constituição de promoções regulares e, sobretudo, a aposta na qualidade dos produtos vendidos, como contraponto aos baixos preços praticados pelas grandes superfícies comerciais, sendo comum a opinião sobre o papel fulcral que a comunicação e o marketing podem ter na promoção e dinamização dos mercados.
Na ocasião, além da criação de um grupo de trabalho em cada região do país, para intervir junto do poder local e central, também foi sugerida a necessidade de adequar a actual legislação à realidade deste sector económico, tendo sido apresentado o exemplo das bancas de venda que, à luz da presente lei, não são negociadas directamente com os intervenientes interessados, tendo sempre que ir a concurso público com base de licitação, sendo-lhes negado qualquer tipo de titularidade definitiva sobre o espaço.
Renato Mendes, responsável do Mercado Municipal de Portimão, realçou as mais-valias deste equipamento, prestes a fazer três anos de actividade, referindo serviços como o estacionamento ou o Sítio dos Fresquinhos, o horário duplo, a reciclagem de produtos, as acções promocionais e o fácil acesso aos transportes públicos.
Castelão Rodrigues, director regional da Agricultura e Pescas, depois de fazer notar que Portimão possui um “mercado moderno e apelativo”, defendeu que a relação entre clientes e operadores requer acções de formação e que estes últimos sejam “empreendedores na inovação”, através da exposição dos produtos nas bancas, lembrando que menos intermediários na cadeia do produto permitirão que estes cheguem mais baratos ao consumidor.
Segundo Manuel da Luz, presidente da Câmara Municipal de Portimão, “na relação de proximidade que se pretende, a sensibilidade das pessoas é que conta e para isso é fundamental que a mentalidade dos operadores vá nesse sentido, assim como a sua capacidade de adaptação”.
O autarca, que realçou o “modelo de gestão empresarializada” adoptado em Portimão, pretende que o Mercado Municipal, “cuja função de coesão social é importantíssima, continue a justificar um sentimento positivo e afectivo por parte dos clientes e operadores”, conforme concluiu um recente estudo sobre o seu grau de satisfação face a este equipamento.
Estiveram presentes no encontro responsáveis dos Mercados Municipais de Aveiro, Torres Vedras, Almada, Vila do Bispo, Seixal, Setúbal, Albufeira, Tavira, Monchique, São Brás de Alportel, Loulé, Lagos, Olhão, Barreiro, Castro Marim, Aljezur e Portimão.
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