Remédios Santos – sem princípios activos” é o nome da próxima peça de teatro que o Auditório Municipal recebe, às 22h00 de 5 de Junho. Levado a cena pelo Peripécia Teatro, este é um espectáculo que mostra que rir é ainda o melhor remédio.
“Quem nos cura? São os Remédios ou os Santos? Será a Nossa Senhora dos Remédios?”, pergunta a companhia teatral, na sinopse da peça. “O que são os Remédios Santos? Remédios do Povo. Daqueles que se vão transmitindo de boca em boca curando ao longo de gerações, sem estarem sujeitos a qualquer tipo de patente. ‘É Remédio Santo!’ disse a S’Joaquina do Outeiro ao dar a receita do remédio para tirar os cravos das mãozinhas do José Maria. ‘É remédio santo!’ diz um técnico de vendas da maior companhia farmacêutica do mundo sobre o seu medicamento para a epilepsia. Existirão Princípios Activos na Farmácia actual? E na Indústria Farmacêutica? Quais são os princípios desta indústria que gera ao nível mundial quase tantos lucros como a banca? Ao longo do espectáculo vamos rir dos princípios activos que levam laboratórios farmacêuticos a aniquilar os donos de outras substâncias medicinais e queremos descobrir, à força do escárnio, se preciso for, que princípios activos actuam dentro das instituições públicas para abdicarem de princípios como o bem comum ou a Democracia. Ouviremos o que tem para contar José Maria sobre os remédios da Mãe, sobre a sua válvula cardíaca artificial e sobre George Orwell, autor do livro que começou a ler há muitos anos, quando esteve internado no hospital. Faremos uma visita de estudo a um congresso de Psiquiatria vendo como, entre canapés e champanhe francês, médicos ouvem os ensinamentos dos técnicos de comunicação e vendas de algumas grandes companhias farmacêuticas. Ouviremos a parte da História de um dos maiores laboratórios farmacêuticos do mundo e a sua relação com personagens heróicos do séc. XX, como por exemplo Adolf H. ou a própria Heroína, ela mesma, a substância! Mas Remédios Santos é um espectáculo que também nos satiriza a nós próprios, como cidadãos incapazes de renunciar a um comprimido para curar uma leve dor de cabeça ou a um xarope específico para uma tosse inofensiva”.
Organizado no âmbito da Temporada Teatral da Póvoa de Varzim, da responsabilidade do Varazim Teatro, “Remédios Santos” é um espectáculo criado e interpretado por Ángel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho, com iluminação de Paulo Neto, adereços e cenografia da responsabilidade de Zétavares, produção executiva de Sara Ramalheira e co-produção do Teatro de Vila Real, com direcção de Hernan Gené.
Os bilhetes podem ser adquiridos uma hora antes, no local do espectáculo, e respeitam o seguinte preçário: 5 euros – bilhete normal; 3,75 euros – bilhete para menores de 25 ou maiores de 65 anos, estudantes, reformados, desempregados, portadores de deficiência e ainda grupos de mais de 8 pessoas; 2,50 euros – sócios do Varazim Teatro; bilhete família: grupos familiares de 3 ou mais pessoas beneficiarão todos do bilhete com desconto (desde que pelo menos 3 tenham mais de 12 anos).
Cultura, Póvoa de Varzim
Rir é o melhor remédio – espectáculo teatral, dia 5 – P. Varzim
Artigo AnteriorRede Social comemora 5.º aniversário – Arouca