A acessibilidade será no futuro «um factor de competitividade supra-municipal», defendeu Paula Teles, que coordena o estudo de promoção das acessibilidades no agrupamento de municípios do Entre Douro e Vouga, documento a concluir até final do ano.
O estudo enquadra-se no Projecto Integrado para a Promoção da Acessibilidade no Entre Douro e Vouga – uma iniciativa da Associação de Municípios de Terras de Santa Maria (AMTSM) – a apresentar dia 31 de Março, numa sessão marcada para a Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, a partir das 10:00.
«Quando estes cinco municípios começam a trabalhar em conjunto em prol de uma causa, que é tornar os territórios acessíveis, nós sabemos que eles estão mais à frente que outros nesta matéria», disse à EDV Informação Paula Teles, sublinhando que «hoje a acessibilidade é claramente um marco nas políticas mais contemporâneas».
«A curto e longo prazo a acessibilidade coloca-se também como factor de exclusão, caso não seja integrada no desenho das cidades», frisou.
Considerando que «garantir uma plena acessibilidade é um aspecto essencial na qualidade de vida de todos os cidadãos», Paula Teles salientou ainda que «uma cidade ou vila sem barreiras está mais apta a poder receber pessoas». «A mobilidade é, de facto, nos nossos dias, um bem precioso», acrescentou.
O Projecto Integrado para a Promoção da Acessibilidade no Entre Douro e Vouga resulta de uma candidatura aprovada pelo Programa Operacional do Potencial Humano (POPH).
«O objectivo é que cada município consiga tratar este assunto da acessibilidade de forma adequada», afirmou o secretário-geral da AMTSM, António Teixeira.
«Hoje em dia é um factor de diferenciação quando se procura investimento, turismo ou mesmo qualidade de vida. O tema está na ordem do dia e, por isso, importa promover a acessibilidade na região», concluiu.
O processo iniciou em 2009 com a inventariação dos principais edifícios (câmaras municipais, juntas de freguesia, tribunais, finanças, Segurança Social, centros de Saúde, escolas, museus, entre outros) a serem objecto de diagnóstico e análise.
Foram identificados nos concelhos de Arouca, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Vale de Cambra 806 equipamentos públicos e de instituições sem fins lucrativos. Registaram-se ainda os centros urbanos.
O projecto – um investimento na ordem dos 160 mil euros, 30 por cento desta verba comparticipada pelos municípios – desenvolve-se em quatro fases: elaboração de diagnóstico regional; acções de formação e sensibilização; elaboração de manual de boas práticas no domínio da acessibilidade; elaboração de cinco planos municipais de promoção da acessibilidade.
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