Sociedade, Vale de Cambra

Concessão Vouga – Autarca de Vale de Cambra pede audiência ao ministro das Obras Públicas

O município de Vale de Cambra é o «mais prejudicado» com a decisão governamental de suspender a concessão «Vouga», lamentou o presidente da autarquia, José Bastos.

«O nosso tecido empresarial não consegue sair das nossas zonas industriais e concretamente do centro da cidade até ao futuro nó da A32», disse o autarca, sublinhando que «caso a decisão assumida se mantiver, o concelho será enormemente penalizado em termos empresariais, económicos e sociais».

O presidente da Câmara Municipal pediu, por isso, uma audiência ao ministro das Obras Públicas, António Mendonça, para conhecer as razões da medida e encontrar «uma solução justa e adequada».

O Governo mandatou em Setembro do passado ano a EP – Estradas de Portugal, SA para lançar a concessão «Vouga», que incluía a via estruturante Arouca/Feira, o IC35 (entre Penafiel e Mansores), a ligação do nó da via estruturante em Escariz até à zona industrial do Rossio, a ligação de Vale de Cambra até ao nó de Carregosa da A32 e a conservação/manutenção (durante o período da concessão) de várias rodovias que estão em serviço.

O processo foi, entretanto, suspenso, num altura em que o lançamento dos concursos deveria acontecer durante o primeiro semestre de 2010.

«Vale de Cambra possui um grande “cluster” de metalomecânica pesada que tem enormes dificuldades para fazer chegar os seus produtos ao porto de Leixões. Daí que seja essencial a ligação de Vale de Cambra à A32, num troço de 2.300 metros que também estava previsto nesta concessão, para não corrermos o risco de ver algumas das nossas empresas a deslocalizarem-se para outros concelhos com melhores acessos», explicou José Bastos.

«Sinto-me desiludido com os nossos governantes e espero, nesse sentido, uma reanálise da decisão tomada», acrescentou.

As quatro concessões que a EP – Estradas de Portugal, SA se preparava para lançar – Serra da Estrela, Vouga, Tejo Internacional e Ribatejo – envolviam cerca de 800 quilómetros de estradas para requalificar, conservar ou construir em regime de parceria público-privado, até ao final do primeiro semestre de 2010.

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