O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis – que completou os primeiros 100 dias de mandato – definiu a credibilidade, a coragem e a mudança como as «questões essenciais» da acção do executivo. Hermínio Loureiro fez junto dos jornalistas, um balanço da sua acção à frente do executivo considerando que «ninguém pode acusar a autarquia de imobilismo» porque «não temos nenhum receio de agir e reformar».
Como prova do trabalho realizado o autarca condensou a maioria das acções executadas nos últimos três meses num documento que designou «100 dias, 100 medidas».
Hermínio Loureiro elegeu como aspectos positivos da governação a «estabilidade política» e as «medidas de proximidade» junto da população, frisando que o desenvolvimento do concelho passa por alguns projectos estratégicos desde a área da saúde à educação, às acessibilidades, à qualidade de vida, à gestão do território e ao desenvolvimento das zonas industriais.
«Temos um conjunto de projectos a médio e longo prazo, alguns deles que não dependerão somente do orçamento municipal», afirmou o autarca, sublinhando a necessidade de se «trabalhar em parceria com os presidentes das 19 juntas de freguesia e com o movimento associativo».
Hermínio Loureiro destacou como fundamentais a expansão do «campus» da Universidade de Aveiro e a transformação da Escola Superior de Enfermagem em Escola Superior de Saúde.
Na área da saúde realçou ainda a «firme intenção de ser construído em Oliveira de Azeméis o novo hospital do Entre Douro e Vouga» tendo já decorrido «várias reuniões com a Administração Regional de Saúde do Norte e com o Governo».
No que se refere às redes de abastecimento de água e saneamento o objectivo é expandir a cobertura para os cem por cento no actual mandato. «Realizámos já reuniões com vários parceiros das redes alta e baixa e estamos próximo de tomar grandes decisões nesta matéria», anunciou.
No plano industrial o executivo está a trabalhar para transformar a zona industrial de Ul/Loureiro numa plataforma de futuro. O autarca diz que o projecto é de interesse para toda a região norte face à sua localização quanto às grandes vias nacionais como as auto-estradas A1 e A29, o Porto de Aveiro e a ligação a Espanha.
Também a construção da A32, a norte e a sul do concelho, «são de interesse estratégico para Oliveira de Azeméis», configurando-se, como apostas locais, a conclusão da Via do Nordeste (na sua ligação até à freguesia de Fajões) e a construção da Via do Sudoeste, ligando a zona industrial de Loureiro a Cucujães.
A atenção do executivo centra-se, também, na revisão do Plano Director Municipal (PDM), «que será uma realidade durante 2010».
Segundo Hermínio Loureiro, para quem o actual documento «está desajustado à realidade do concelho», «a última reunião para a revisão do PDM decorrerá no mês de Março».
Hermínio Loureiro garante ainda que «as questões sociais» continuarão a ser uma prioridade do actual executivo.
O documento «100 dias, 100 medidas» contém as medidas relevantes executadas desde Novembro de 2009, realçando-se a adjudicação privada da recolha de resíduos sólidos urbanos do concelho, a conclusão da proposta de revisão do PDM, a candidatura para aquisição de quadros interactivos para as escolas do 1º ciclo, a assinatura do auto de consignação do Centro Escolar de Azagães, a criação da Comissão Municipal de Protecção Civil e a aprovação do Plano de Prevenção de Riscos da Corrupção e Infracções Conexas do município.
Constam também do documento a implementação do novo SIADAP (2ª geração), a implementação da plataforma electrónica de contratação publica, a negociação com a REFER dos protocolos para a supressão e reconversão das passagens de nível na linha do Vouga, o realojamento de famílias no âmbito da habitação social e a redução da despesa da autarquia em 250 mil euros.