Gilda Harris imprime já o seu cunho pessoal na Selecção Nacional de Juniores Femininos que se encontra a estagiar no Instituto Politécnico do Porto (IPP) e na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), preparando a participação, em Abril, na Fase de Qualificação para o Campeonato da Europa da categoria.
Recém-chegada, a treinadora cubana explana as primeiras impressões sobre o nosso país:
“É a primeira vez que estou em Portugal. Parece-me um país estupendo, sobretudo esta cidade [Porto]. As pessoas são muito acolhedoras e empreendedoras.
Acredito que me vou dar bem aqui e espero conseguir ajudar o Voleibol feminino a atingir um nível muito alto.
O Juan [Diaz] e o José António [Rojas) falaram-me muito de Portugal, do clima, da comida, etc.. De qualquer modo, embora de forma gradual, os cubanos adaptam-se às condições naturais e culturais de qualquer país”.
Já treinou seniores, juniores e cadetes. Qual a preferência?
“Gosto de treinar selecções de jovens porque estas são mais flexíveis e mostram muito mais interesse em trabalhar e aprender coisas novas.
Noto grande entusiasmo, força de vontade e empenho nas juniores portuguesas, o que é muito importante. A vontade que as atletas demonstram e a nossa entrega como treinadores é uma das condições que nos possibilita ir muito longe no nosso trabalho”.
Embora ciente de algumas dificuldades, Gilda Harris mostra-se determinada e confiante no desafio que agora inicia:
“Em Cuba treinava todos os dias, de manhã e de tarde. Aqui é mais difícil conseguir juntar todas as atletas. Algumas apresentam alguns problemas técnicos, mas isso é um aspecto que pode ser corrigido durante os treinos.
Penso que se pode realizar um bom trabalho com estas atletas porque são muito jovens, têm altura e são bem constituídas, mas há que criar condições de trabalho, é necessário criar um mecanismo de trabalho sistemático que dê frutos mais rapidamente de modo a começar a integrá-las no voleibol de nível mundial”.
E qual a opinião do Coordenador das Selecções Nacionais?
“Gilda é uma pessoa para quem o Voleibol é uma paixão. É trabalhadora e tem experiência.
Trabalha há muitos anos com as selecções jovens em Cuba, tem a experiência de competir em Espanha e creio que se forem criadas as condições necessárias poderá realizar um bom trabalho e criar uma boa base para, no futuro, podermos vir a ter uma boa equipa, já que temos atletas jovens para que isso seja uma realidade”, salienta Juan Diaz.
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