A Associação dos Amigos dos Animais de Santa Maria da Feira (AANIFEIRA) aguarda que a burocracia municipal permita dar andamento ao projecto que lhe irá garantir um futuro de auto-sustentabilidade.
A colectividade pretende edificar um Hotel canino e uma pequena «Pet-shop», almejando, ainda, o alargamento da sua Clínica veterinária.
«Uma boa prenda para a AANIFEIRA, neste momento, seria a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira desbloquear as situações burocráticas que estão a impedir que levemos o projecto em frente», sublinhou Victor Barros, presidente da direcção da Associação, referindo-se ao 10º aniversário da instituição, recentemente comemorado.
O dirigente referia-se à necessária alteração da classificação em sede de PDM (plano director municipal) dos terrenos onde está instalada a AANIFEIRA, perto da zona industrial da freguesia de Mosteirô.
«A alteração é importantíssima e está prometida desde meados do ano passado, mas está a demorar mais tempo do que gostaríamos e do que seria desejável», afirmou o presidente.
Victor Barros explicou que os terrenos estão classificados como RAN (reserva agrícola nacional) e como REN (reserva ecológica nacional), constatando ser um óbvio erro – «nunca poderia ter sido classificado, pelo menos, como REN, porque está aqui uma construção» – que há muito deveria ter sido rectificado.
O responsável disse que a Câmara o informou de que «a aprovação da alteração em sede de PDM já foi feita» e que, «agora, é só uma questão burocrática».
«Mas, causa-nos um certo dano todo este compasso de espera», realçou Barros. Apesar disso, também referiu «o empenho e esforço» do vereador Emídio Sousa.
O futuro da AANIFEIRA depende, em boa medida, da concretização deste projecto, como salientou o dirigente associativo. «Encontrar formas de sustentabilidade» é o objectivo estratégico definido.
«A sustentabilidade de uma Associação com este cariz não pode depender de uma oscilação na generosidade da população», sublinhou, realçando os seis mil euros de gastos mensais e os meros 500 euros de subsídio mensal atribuído pela autarquia.
A concretização do projecto de edificação do Hotel e da «Pet-shop» dependerá, posteriormente, do sucesso de uma futura candidatura a fundos europeus, segundo enfatizou o líder directivo.
«A nova classificação do PDM é o que nos permitirá candidatarmo-nos ao QREN (quadro de referência estratégico nacional) ou a um crédito bancário», referiu, projectando a futura forma de financiamento das construções planeadas.
«Sem esse passo nada poderemos fazer», avisou.
A obtenção do estatuto de instituição «de utilidade pública» (UP) é a outra «trave-mestra» do futuro da AANIFEIRA.
«O nosso serviço é público» afirmou Victor Barros, assinalando que o trabalho associativo «também tem em vista a defesa das populações».
A assembleia-geral realizada em Dezembro passado alterou os estatutos da colectividade, dando início ao processo rumo à UP.
«Estamos a fazer tudo o que deve ser feito e, por isso, sentimos que nos deve ser reconhecida a utilidade pública», vincou o presidente da AANIFEIRA.
A tramitação deste tipo de pedido leva, habitualmente, cinco anos, mas a Associação de Santa Maria da Feira espera «abreviar um bocadinho» aquele prazo, incluindo no processo o histórico da actividade de uma instituição que leva uma década de vida.
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