A medida surge no seguimento de uma parceria estabelecida com o grupo de Santa Maria da Feira – fornecedor exclusivo de rolhas de cortiça da «Sainsbury’s» – e visa «a preservação do montado de sobro, um ecossistema que presta valiosos serviços ambientais».
Num trabalho feito em conjunto com várias cadeias de supermercados inglesas, a Corticeira Amorim tem, ao longo do último ano, «desenvolvido esforços no sentido de garantir que o maior número de rolhas possível é produzido de acordo com os princípios definidos pelo FSC para as florestas sustentáveis».
«O comércio do vinho do Reino Unido tem uma contribuição essencial para a manutenção deste desenvolvimento sustentável, que assegura um equilíbrio entre as questões ambientais, sociais e económicas», disse Victor Ribeiro, da corticeira.
«A rolha de cortiça continua a ser responsável por uma percentagem fundamental do valor criado pela indústria da cortiça, sendo que o tipo de liderança demonstrada pela “Sainsbury’s” se reveste de uma grande importância dado que influenciará um comércio mais sustentável», acrescentou.
A Corticeira Amorim «foi a primeira empresa de “packaging” do mundo a obter a certificação FSC, oferecendo aos seus clientes a possibilidade de optarem por cortiça originária de herdades florestais» geridas de acordo com esta norma internacional.
O primeiro vinho a ser engarrafado com rolha certificada será o premiado Sainsbury’s Blanc du Noirs Champagne, que foi vendido a uma média de 10.000 garrafas por semana no período que antecedeu o Natal.
A previsão é que até ao final de 2010 a quantidade de vinhos engarrafados com rolhas FSC ascenda a seis milhões de unidades, número que tornará a «Sainsbury’s» no maior utilizador de cortiça certificada do mundo.
Notícia muito importante para o sector corticeiro. Só que falta acrescentar ao que a notícia relata que a certificação FSC, do ponto de vista do produto “Rolha de Cortiça” não aporta nada de especial ao produto final.Mais, muito mais importante do que a certificação FSC é que as rolhas sejam trabalhadas adequadanmente, desde a floresta à garrafa. Ou seja, se o Código das Práticas Rolheiras não for cumprido, se o processamento das rolhas não for o adequado de nada adianta ter a floresta de sobro certificada.
Mia importante , ainda, é a irradicação dos mofos e gostos estranhos. Aqui sim. Nesta matéria de realçar o excelente trabalho realizado pelo CTCOR, Centro Tecnológico da Cortiça, que ao desenvolver o processo de cozedura e de lavação SYMBIOS, veio de uma vez por todas por fim à questão dos gostos estranhos. A certificação FSC foi um estratagema a que o Grupo Amorim e seus satélites deitaram mão para o utilizarem como peça de marketing. No fim, quer as rolhas sejam de cortiça de floresta certificada FSC, quer sejam de outra qualquer floresta serão sempre boas se forem bem trabalhadas,