Cultura, Póvoa de Varzim

Do século I ao século XVI em dois dias – uma viagem com S. Pedro de Rates – P. Varzim

Entre a Póvoa e Braga. Assim esteve o Centro Histórico de Rates que este fim-de-semana recebeu o Fórum Ratense, durante o qual foi recriado o martírio de S. Pedro de Rates e a transladação das suas relíquias para a Sé de Braga, quase 15 séculos depois.
O Fórum arrancou no sábado, 22, logo pela manhã. Centenas de figurantes, quase na sua maioria ratenses, davam vida ao evento através dos trajes e da decoração do Centro Histórico da vila. A pouco e pouco, foi-se montado a Feira, com tendas dedicadas ao artesanato, onde não faltava o ferreiro, o oleiro, os tecelães, entre outros, e à gastronomia, com a já indispensável doçaria. Por todo o recinto, ecoavam os sons dos tambores e das gaitas de foles a anunciar a grande festa de que o povo de Rates era anfitrião.
Ao início da tarde, Afonso Oliveira, Vereador do Pelouro do Desenvolvido Socioeconómico, participou na Abertura Oficial do Fórum, relembrando que esta é já a segunda iniciativa do género realizada em Rates. “Serão dois dias muito interessantes”, afirmou, fazendo-se valer do sucesso da Recriação Histórica realizada em 2008. Frisando que o Fórum Ratense faz parte do vasto conjunto do iniciativas desenvolvidas no âmbito do projecto AnimaPóvoa, o Vereador referiu que esta é uma iniciativa realizada conjuntamente pela autarquia e pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, representado, na Abertura Oficial, por Cristina Mendes. Esta reconheceu o empenho da população em dar vida ao evento, elogiando o “espírito do envolvimento das pessoas”, elemento que considera fundamental “no sistema turístico”.
Dali, Afonso Oliveira e Cristina Mendes seguiram para uma visita à Feira, com uma primeira paragem no acampamento dos guerreiros, personificados pela Companhia Livre, de Sintra. Estes fizeram questão de fazer a apresentação de armas a Afonso Oliveira, demonstrado algumas tácticas de defesa e ataque. Depois de uma visita a cada uma das tendas da Feira, foi a vez de assistir à recriação histórica do Martírio de S. Pedro de Rates, levado a cabo por um grupo de amadores, na sua maioria ratenses. Esta contou a história de como, no século I d.c., o Santo curou a filha de um príncipe romano da lepra, baptizando-a a ela e a muitos aldeões de seguida. Tal levou à ira do Império Romano, que tratou de matar Pedro. 
  
Pouco depois, os visitantes do Fórum Ratense assistiram à encenação de lutas pela Companhia Livre e muitos foram os que decidiram terminar o dia com um jantar livre, onde foram servidos porco no espeto, sopa, pão, vinho, limonada e tarte de Santiago.
No domingo, a recriação histórica incidiu sobre a transladação das relíquias de S. Pedro de Rates para a Sé de Braga, no ano de 1552, despedindo-se, assim, o Fórum Ratense, que ao longo de um fim-de-semana ofereceu uma viagem à Idade Média e contribuiu, de uma forma bem animada, para a preservação da História e Identidade de Rates e da Póvoa de Varzim.

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