Economia, Santa Maria da Feira

Área de montado com certificação FSC em Portugal mais do que duplicou num ano – Sta. Maria da Feira

A área de montado certificado pelo FSC (Forest Steardship Council) em Portugal mais do que duplicou num ano, atingindo agora os 20 642 hectares, revelou o Fundo Global de Conservação da Natureza (WWF).

Para Luís Silva, responsável pelo WWF em Portugal, «a cortiça certificada é chave para a competitividade da cortiça nos mercados internacionais».

Luís Silva falava terça-feira à margem da «primeira missão comercial» em Portugal da WWF e da Rede Ibérica de Comércio Florestal, dedicada à cortiça certificada, que incluiu uma visita ao montado da Herdade dos Fidalgos, em Coruche.

A organização desta visita foi da responsabilidade da Associação de Produtores Florestais de Coruche (APFC), entidade pioneira na certificação do montado e da cortiça em Portugal, e integrou responsáveis por diversas empresas portuguesas, espanholas e italianas que se dedicam à produção da cortiça e seus derivados.

Na Herdade dos Fidalgos existem 2204 hectares de montado que foram certificados em Abril de 2008 pela Forest Stewardship Council (FSC), um organismo independente, sem fins lucrativos e criado para promover a gestão responsável das florestas do mundo.

«A visita à Herdade dos Fidalgos também teve como objectivo a promoção das relações comerciais que se baseiam no consumo responsável de produtos de origem florestal», afirmou Luís Silva à agência Lusa.

A WWF – e as empresas que integram a Rede Ibérica de Comércio Florestal – combatem «a exploração ilegal de madeira, a desflorestação e as alterações climáticas, promovendo a gestão florestal sustentável das florestas mais ameaçadas do planeta», explicou Luís Silva.

António Gonçalves Ferreira, director da Associação de Produtores Florestais de Coruche, destacou que Portugal está «na vanguarda da certificação do montado a nível mundial».

«Temos o compromisso de produzir cortiça de qualidade certificada, mas também queremos demonstrar aos nossos parceiros internacionais que somos respeitadores do meio ambiente e da biodiversidade», disse.

«Mais do que produzir cortiça e cuidar do montado, o que é importante é que as pessoas defendam as economias locais e criem postos de trabalho nem que sejam sazonais», afirmou por seu turno Enrique Garcia, representante da região de Toledo (Espanha) na Rede Ibérica de Comércio Florestal (GFTN Ibérica).

A GFTN Ibérica pretende fomentar as relações comerciais responsáveis, incentivando o consumo responsável de cortiça (e também madeira e papel) entre as empresas portuguesas, espanholas e italianas.

O segundo dia da missão comercial da WWF, esta quarta-feira, será dedicado à indústria da cortiça e pretende promover as relações comerciais entre distribuidores e produtores de produtos de cortiça. Estão previstas visitas às unidades industriais da Cork Supply, em São Paio de Oleiros, e à Amorim Revestimentos, em Paços de Brandão.

Nos próximos dias 29, 30 e 31 de Maio Coruche receberá a Feira Internacional da Cortiça.

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