«Estamos a contar que a maior parte das 120 Equipas de Intervenção Permanente (IEP) estejam prontas a 18 de Junho», disse à agência Lusa José Miguel Medeiros, a propósito do início sexta-feira da fase «Bravo», a segunda mais crítica do combate a incêndios florestais.
Segundo o secretário de Estado, as EIP, destinadas a operações de protecção e socorro, vão estar operacionais no Verão, durante a fase mais crítica de fogos, o que representa um reforço de 300 operacionais e um aumento de 80 equipas face ao ano passado.
As IEP, criadas nos concelhos considerados de «maior risco», são compostas por cinco elementos e ligadas aos corpos de bombeiros, têm como missões combater incêndios, socorrer as populações em caso de qualquer catástrofe e acidente grave, além de colaborarem com outras actividades de protecção civil.
Estas equipas funcionam durante todo o ano e no período de incêndios florestais constituem mais um reforço para o combate.
O secretário de Estado adiantou que estão a terminar a formação bombeiros «Canarinhos», pelo que no Verão esta Força Especial de Bombeiros terá um total de 250 homens. Também o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR foi reforçado este ano.
«Entre Canarinhos e GIPS há cerca de 1.000 homens», disse José Miguel Medeiros.
O governo considerou que o objectivo é «caminhar para uma profissionalização que permita manter o voluntariado» para que «o socorro seja mantido em todas as circunstâncias».
«O importante é que exista um socorro base garantido profissionalmente em todo o país. OS GIPS, Canarinhos e EIP são a resposta», salientou.
A fase «Bravo» de combate a incêndios florestais, que se inicia sexta-feira e termina a 30 de Junho, vai mobilizar 6.159 elementos, 1.623 veículos e 24 meios aéreos, além de estarem em funcionamento 66 postos de vigia.
O reforço do dispositivo acontece a 01 de Julho com a fase «Charlie» – época mais crítica em fogos florestais, que se prolonga até 30 de Setembro.
Para este período vão estar operacionais 9.830 elementos, a maioria dos quais bombeiros, 2.276 viaturas, 56 meios aéreos e 236 postos de vigia da GNR.
«Posso garantir ao país que estamos em condições de responder aos incêndios florestais como respondemos no ano passado e há dois anos», disse o secretário de Estado, adiantando que «tudo foi feito do ponto de vista dos meios disponibilizados, recursos financeiros, humanos e técnicos».
Segundo José Miguel Medeiros, este ano o dispositivo não apresenta grandes «novidades» relativamente ao Verão de 2008, sofrendo apenas «pequenos ajustamentos» na colocação de helicópteros e de efectivos.
«Até que enfim que estabilizámos um dispositivo. Um dos problemas do passado é que se estava sempre a mexer em tudo. Estava sempre tudo mal e nunca se fazia uma avaliação», sublinhou.
Segundo o governante, o «dispositivo está a consolidar-se” progressivamente desde 2007».
No ano passado, a área ardida resultante de incêndios florestais diminuiu cerca de um quarto relativamente a 2007.
Este ano ainda não há dados oficiais sobre a aérea ardida, mas só no mês de Março, de acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, deflagraram perto de 4.000 incêndios e entre os dias 14 e 31 ocorreram 3.348 fogos.
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