Cultura, Matosinhos

«Os olhos de Gulay Cabbar» pela Companhia Olga Roriz – Matosinhos

Nos dias 10 e 11 de Abril realizou-se mais um espectáculo no Cine-Teatro Constantino Nery. Passados 9 anos, a Companhia Olga Roriz voltou a apresentar a peça «Os olhos de Gulay Cabbar».

Esta Companhia, fundada em 1995 com o apoio financeiro do Ministério da Cultura / Instituto das Artes e dirigida pela coreógrafa Olga Roriz tem sido ao longo destes anos uma referência de qualidade profissional e artística no panorama nacional e internacional da dança contemporânea portuguesa.

Sinopse

“Os olhos de Gulay Cabbar” não aborda unicamente um facto real ocorrido num acidente na Turquia ou a forma insólita e cruel como os media transmitem, fria e indistintamente qualquer tipo de notícia, banalizando-as.

Este solo é na sua essência, no seu percurso e na sua finalidade sobre a vida o amor e a morte. Não desta mulher, mas pelos olhos desta mulher, pelos seus gestos, a sua voz omnipresente, pelo que oculta e desvenda… O seu discurso, tão directo quanto ausente, são estilhaços de uma memória dispersa. As palavras são lançadas como setas com a tranquilidade de quem já nada tem a temer… “Se eu ao menos pudesse calar-me como se fosse o próprio silêncio. Como se o silêncio soubesse mais do que eu. Não! Preferia morrer de tédio.”…
…”Os meus passos trouxeram-me até aqui. No entanto esqueci o porquê da vontade. Esqueci. Porque será que só nos encontramos no momento em que vemos os outros perderem-se? Porque será? Agora já é tarde!… Quero silêncio! A distância… As saudades… Já esqueceste? Tudo me dói e há tanto tempo. Um monte de dores. Uma lixeira.”…
…”Amo-te… Amo-te desde que te vi pela primeira vez. Não pude evitar. O amor nasce assim. Às vezes, só num olhar. Não se pode resistir à felicidade.”…
…”A mim, nunca me contaram nada. Por isso, eu calei-me. Calei-me durante muito tempo. Calei-me até sentir essa pancada na nuca que me fez vomitar.”…
…”Nem um vislumbre de idealismo. Partilhar já não serve de nada. Vocês, são-me completamente indiferentes!…
…”Estamos a morrer, não estamos? Mas se temos de morrer, que seja depressa!…

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