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Área ardida este ano em zonas protegidas é superior a todo o ano de 2008

A área ardida nas zonas protegidas no primeiro trimestre deste ano foi superior à área ardida durante todo o ano passado, contrariando a tendência de diminuição dos últimos três anos, disse o secretário de Estado do Ambiente.

«2009 foi particularmente fustigado no período Janeiro-Março, é um período que tem tido muitas ocorrências, com uma incidência particular em áreas protegidas, basta ver que tivemos mais hectares ardidos neste trimestre do que tivemos em todo o 2008 em área protegida», afirmou Humberto Rosa quarta-feira na abertura da Reunião Anual de Coordenação para Defesa da Floresta contra Incêndios em Áreas Protegidas.

Este aumento da área ardida contraria a tendência de diminuição de ocorrências entre 2005 e 2008 indicado pelo secretário de Estado do Ambiente, que afirmou que «em termos de área ardida tem vindo a decrescer».

«Se quisermos abordar em termos de área ardida, nas áreas protegidas de 2005 a 2008, ela tem vindo a decrescer. Em 2005 tivemos cerca de 20 mil hectares, 12.500 em 2006, 4.700 em 2007 e 2500 em 2008», enumerou Humberto Rosa na reunião, que decorreu na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, em Santiago do Cacém.

«Se olharmos para o número de ocorrências, o número de fogos, este tem oscilado: 700 em 2005, 537 em 2006, 684 em 2007, quando a área ardida foi só 4.700 hectares, e 472 em 2008», afirmou em jeito de balanço dos últimos três anos.

«Destes números eu refiro que conseguimos algum desacopolamento entre o número de fogos e de área ardida, o que em parte julgo que quererá dizer que a capacidade de resolver os fogos em primeira intervenção porventura aumentou», sublinhou.

No entanto, o secretário de Estado do Ambiente não descura os restantes factores que influenciam os incêndios, como o «climático».

«As condições climatéricas são absolutamente determinantes quer no número de ocorrências, quer na área ardida. Mas há também um factor operacional. Quando olhamos para 2005 a 2008 há alguma evidência, que tem havido algum sucesso no campo da primeira intervenção», destacou Humberto Rosa.

«Se olharem para a carta de risco disponibilizada pela Autoridade Florestal, vão ver que aquelas áreas protegidas onde há mais fogos coincide com as áreas de maior risco, logo pode ser tido como um factor», argumentou.

O secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, também presente na reunião, garantiu que o dispositivo que existe actualmente, que «movimenta cerca de dez mil pessoas», já «deu provas» em 2007 e 2008 de que «era capaz de responder a situações muito difíceis».

E, em 2009, acrescentou, na «sua fase menos operacional», a fase «Alfa», «num dia conseguiu responder a 303 incêndios», o que significa que o «dispositivo está mobilizado, está motivado e que tem capacidade de resposta».

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