O director artístico do projecto, Hugo Cruz, revelou que se trata de uma iniciativa de arte comunitária, denominado «Texturas», em que se cruzam várias linguagens artísticas – o teatro, vídeo e fotografia.
Hugo Cruz referiu que «Texturas» propõe «uma viagem nas curvas do que somos, tendo como pano de fundo vidas e histórias de três gerações de uma terra real, num espaço que evoca memórias comuns – uma fábrica de cortiça – em que se procuram sentidos para o trabalho árduo de transformar a pele do sobreiro».
«Ali, homens, mulheres, meninos e velhos encontram-se num espaço frio, mecânico e pesado para contarem as suas histórias e experiências de vida», referiu.
O objectivo é «homenagear e celebrar a leveza, a impermeabilidade, a aderência, a elasticidade e a resistência da cortiça, integrando-as como potencialidades nos quotidianos relacionais desta gente e desta terra», afirmou Hugo Cruz.
O projecto partiu da pesquisa de elementos da cultura local, com enfoque na indústria de transformação da cortiça, recorrendo ao cruzamento de histórias e espaços de vida das pessoas envolvidas.
O processo, que foi desenvolvido com um grupo de 20 intérpretes, dos 13 aos 72 anos, a partir das suas experiências passadas e presentes no mundo da cortiça, pretende promover as relações intergeracionais e estimular o diálogo e intercâmbio entre os vários territórios locais.
Além de cruzar várias linguagens artísticas, este projecto de arte comunitária procura também unir três pontos geográficos de um triângulo formado por entre uma fábrica, um museu e uma casa da cultura, através de percursos guiados.
Este triângulo pretende também unir três pontos geográfico-artísticos: Mozelos, Lourosa e Santa Maria de Lamas, onde a indústria de transformação da cortiça é o sector de actividade dominante.
Na Casa da Cultura de Lourosa estará patente uma exposição de fotografia que cruza o registo do processo de construção deste projecto com uma recolha comunitária de fotografias antigas sobre a indústria da cortiça.
No Museu de Santa Maria de Lamas será exibida uma instalação vídeo relativa ao registo do processo de construção deste projecto.
Na fábrica de cortiça AJT, em Mozelos, será apresentado o espectáculo de teatro, que estreia no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
O espectáculo teatral será repetido no dia 02 de Maio e terá depois mais duas apresentações a 29 e 30 de Maio, já em pleno festival Imaginarius.
O ponto de encontro é o no Museu de Santa Maria de Lamas, de onde sairá um autocarro transportará o público até à fábrica de cortiça.
O espectáculo é gratuito, mas as entradas são limitadas, podendo ser garantidas mediante reserva através do endereço e-mail texturas.producao@gmail.com.
A exposição fotográfica e a instalação vídeo estarão patentes de 01 a 30 de Maio.
«Texturas» é uma coprodução PELE – Espaço de Contacto Social e Cultural e Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira.
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