O Parque Temático Molinológico, que é inaugurado esta sexta feira em Oliveira de Azeméis, será um «bom cartaz turístico e de promoção do concelho», afirma o vereador do turismo da autarquia.
«A nossa expectativa é que venha a constituir-se num pólo de atracção, estando reunido um conjunto de requisitos que podem potenciar que este seja um bom produto que Oliveira de Azeméis tenha para oferecer aos seus visitantes», diz António Rosa.
O projecto, promovido pela autarquia, está dotado de três núcleos que pretendem mostrar ao público todos os processos e infraestruturas que envolveram, no passado, a secagem, a moagem dos cereais e o fabrico do pão.
«O parque molinológico será uma importante razão para as pessoas visitarem Oliveira de Azeméis», assegura António Rosa.
O vereador do pelouro do turismo diz tratar-se de um projecto à volta do qual se procura preservar a identidade das padeiras e moleiros e o património industrial de uma actividade que tirou proveito da existência de moinhos de água na região, com predominância para as freguesias de Ul e Travanca.
«Em volta de uma realidade de séculos que fez uso dos vários recursos de água do concelho pareceu-nos importante promover um produto cultural e turístico que preservasse o passado de uma região, a sua história, a sua economia e a sua demografia», realça o autarca.
«O parque resultou, inicialmente, de um trabalho imaterial de recolha de todas as estruturas associadas à secagem e moagem de cereais e ainda de testemunhos de moleiros e padeiras e de todos os que viveram a experiência desta arte», assinala António Rosa.
A nível material foram recuperados conjuntos de moinhos, infraestruturas preponderantes na execução do projecto. O responsável do turismo destaca o Núcleo Museológico do Moinho e do Pão. Neste espaço, constituído por seis moinhos, procura-se recriar toda a história associada aos moinhos e ao pão de Ul.
«O visitante terá a oportunidade de ver ao vivo a moagem de cereais, a confecção do famoso pão de Ul e ficar a conhecer o conjunto de alfaias relacionadas com este tipo de artes e devidamente identificadas», explica António Rosa, adiantando existir ainda uma outra zona virada para a projecção multimédia sobre as recolhas de testemunhos dos vários agentes envolvidos no processo.
Outros dois núcleos, ainda em fase de desenvolvimento mas já a cumprir as suas funções, estão relacionados com a evolução da história da indústria do descasque de arroz e com a educação ambiental.
A ideia do parque molinológico é «preservar o passado» mas também aliar a este aspecto «vivências e experiências, no futuro, fortemente associadas com o pão de Ul», afirma António Rosa.
O vereador lembra a constituição, há dois anos, da Associação de Produtores de Pão de Ul (APPUL) destinada a preservar a qualidade do produto, a continuidade da produção e o seu carácter genuíno.
As III Jornadas do Pão, a realizar no dia 21 de Março, demonstram a preocupação de serem preservadas as especificidades deste produto e o seu futuro.
O Parque Temático Molinológico ocupa uma área de 28,5 hectares envolvendo a existência de três núcleos de moinhos, alguns deles recuperados pelos seus proprietários que desde a primeira hora se associaram ao projecto da autarquia.
A gestão do espaço será da responsabilidade de uma associação em que são parceiros vários agentes. «A Câmara quer agregar um conjunto de actores importantes para a dinamização deste espaço, trazendo cada um o seu contributo», sublinha António Rosa.
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