A 21.ª edição da EXPORT HOME, Feira de Mobiliário, Iluminação e Artigos de Casa para Exportação, que decorreu de 3 a 7 de Março, na EXPONOR, ficou marcada pela qualidade e pelo design, atestada e referida por muitos compradores internacionais, que visitaram pela primeira vez a feira, ao abrigo do novo serviço “EXPONOR Internacional Buyers”.
Qualidade, inovação, profissionalismo e design são algumas das palavras-chave que marcaram a 21ª edição. Apesar da conjuntura actual, que se caracteriza como sendo difícil e competitiva, é essencial ser-se diferente, garantindo sempre a excelência dos materiais. «Mostrar o que de melhor se faz ao nível de mobiliário português continua a ser a preocupação constante da EXPONOR e dos expositores que confiam e acreditam nas exposições como forma de criarem a “montra” de Portugal», referiu António Proença, director da EXPORT HOME. Ao longo de cinco dias, em exibição, esteve o melhor da produção nacional e a certeza de alguns expositores de que foi uma aposta ganha.
Só o facto de estar presente e apresentar a marca Dueme ao mercado profissional, na feira referência a nível nacional, já constituiu, refere Paulo Bandeira, director comercial da empresa, a nova marca do grupo Moutinho & Moutinho, «uma aposta ganha».
Com uma imagem cada vez mais apelativa, os espaços expositivos «são a montra de Portugal na área do mobiliário, revelando-se uma aposta acertada», sintetizou Paulo Costa, da empresa Opostos, presença assídua na EXPORT HOME. Uma opinião secundarizada por Agostinho Moreira, da empresa Jetclass, que acredita que «houve uma evolução muito positiva, com melhorias sobretudo ao nível da apresentação». Já a empresa M. N. Arquitectura destaca a qualidade dos visitantes: «Constatámos que há mesmo muito interesse por parte de quem nos visitou. No caso de um comprador da Tunísia, pediu-nos para irmos lá», revelou Pedro Nunes. Este ano, a feira agregou 185 expositores, que contactaram com o mercado nacional e receberam a visita de grandes compradores internacionais, com forte incidência do Magrebe. A EXPORT HOME recebeu cerca de 20 mil visitas (19.407).
Produção nacional conquista novos mercados
Confiantes em apostar num mobiliário arrojado, Vranken Guido e Vranken Niels, representantes belgas da empresa Meubeler Vranken, encontraram na EXPORT HOME «peças muito especiais». O comprador alemão Michael Darchinger, da empresa Wohndesign Darchinger, ficou «extremamente surpreendido» pela positiva, bem como os compradores da empresa francesa BlochDesign, com a variedade de estilos e a criatividade de algumas peças.
À procura de novos produtos e fornecedores estiveram os representantes de empresas russas de renome, como a Flat Interiors, a Rosbri International e a Elite@klassika, que foram unânimes em afirmar que foram positivos os contactos realizados com empresas nacionais.
A crescer está o interesse dos mercados do Norte de África, com forte presença na feira, que estendeu o tapete a representantes de empresas de alguns países como a Tunísia, Marrocos e Argélia. Para a arquitecta tunisina Rym Bem Nasr «perspectivam-se futuros negócios de grandes projectos». A profissional rendeu-se ao «profissionalismo e à qualidade do mobiliário apresentado». Para Hassen Zerarka, da empresa argelina Meubles & Décoration, a concretização de negócios é certa, uma vez que o que viu «é uma alternativa ao que já existe em África».
A presença de países como a Índia demonstra a importância dada à internacionalização do certame. A confirmar está a certeza transmitida por Ridwan Chandiwala, da empresa indiana Astral-Luxurious Furniture, que considera «o mobiliário português bom e com preço económico».
Design premiado
A empresa Mundos Perdidos foi a vencedora da IX Edição do Evento de Design, com a peça criada pelo arquitecto João Camarinha da Silva, “Aparador Standing”. O Júri profissional atribuiu ainda o segundo lugar à ANARIC, com a peça “Boogie” e o terceiro à empresa Castro Sousa-Móveis, com a “Mini-Library”. De destacar ainda o Prémio Imprensa, que distinguiu a “Consola Spacium”, da Jetclass.
Em exibição, pelo segundo ano consecutivo, esteve a Passarela da Inovação, com dez peças e igual número de conceitos desenvolvidos pelos alunos do mestrado da Universidade do Minho.
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