Segundo a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos(APICCAPS), Portugal leva a Milão 74 das mais importantes marcas do sector, para promover as exportações, procurando contrariar os efeitos da recessão mundial com uma «mega-ofensiva» promocional.
Na maior e mais prestigiada feira de calçado do mundo participarão 1.611 expositores, incluindo 572 do estrangeiro, que apresentarão assim suas colecções ao longo dos 72.474 metros quadrados da feira.
A delegação portuguesa será a segunda maior estrangeira, logo a seguir a Itália, na primeira edição de 2009 da MICAM, onde 1.611 expositores, dos quais 572 estrangeiros, apresentam as suas colecções ao longo de mais de 72 mil metros quadrados.
Por opção estratégica da organização, os expositores asiáticos vão estar ausentes do certame, o que é justificado pela preocupação em «manter o padrão da oferta num patamar elevado».
A presença portuguesa em Milão insere-se numa campanha promocional sem precedentes nos mercados externos, que tem um orçamento de 8,5 milhões de euros e é financiada pelo QREN através do programa Compete, e que prevê a participação em mais de oitenta acções promocionais em 13 mercados distintos, envolvendo cerca de 120 empresas.
A aposta nos mercados externos é assumida como a primeira das prioridades para o sector português de calçado que exporta mais de 90 da sua produção.
«Estimular a procura, qualificar a oferta, diferenciar positivamente o calçado português relativamente aos seus concorrentes e perspectivar novas janelas de oportunidade em mercados de elevado potencial de crescimento futuro» são alguns dos objectivos da campanha.
Apesar do clima de recessão no plano internacional, as exportações portuguesas de calçado «continuam a revelar um desempenho muito positivo» e desde 2005 que registam um crescimento acumulado de 10, 5 por cento, segundo a APICCAPS.
De acordo com dados divulgados pela associação do sector, de Janeiro a Novembro de 2008, as vendas de calçado português nos mercados externos ascenderam a 1.266 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 2,2 por cento face ao ano anterior, e Portugal voltou a conquistar terreno aos seus dois grandes concorrentes internacionais: a Itália e a Espanha.
As informações preliminares de 2008 indicam que as exportações italianas aumentaram 1,5 por cento (menos 0,7 por cento do que as portuguesas), enquanto a Espanha recuou 4 por cento no mesmo período.
O preço médio do calçado português exportado registou também um crescimento de 13,3 por cento, sendo agora o segundo país com o maior preço médio, logo a seguir a Itália.
Os segmentos mais altos de mercado estão a impulsionar as exportações portuguesas de calçado, em resultado da estratégia do sector de migrar a produção para segmentos de maior valor acrescentado.
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