Economia, Santa Maria da Feira

Estado vai assumir 60 por cento dos riscos de crédito em PME com baixo rating – Sta. Maria da Feira

O Estado vai assumir 60 por cento do risco nos créditos pedidos pelas pequenas e médias empresas (PME) que perderem rating, anunciou o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.

A medida, revelada no Europparque, em Santa Maria da Feira, importa em mil milhões de euros e junta-se a duas outras linhas de apoio na área de seguros de crédito, anteriormente instituídas, também dotadas com mil milhões de euros cada – uma para exportações na área da OCDE e outra para fora daquela zona.

«Esta nova linha visa apoiar especificamente as empresas que deixaram de ter um rating adequado», disse o ministro.

Manuel Pinho espera que a medida esteja no terreno durante a primeira quinzena de Março.

O seguro de crédito é um produto tradicional mas, «fruto dos problemas dos circuitos financeiros, não está a chegar em quantidade suficiente às empresas, nomeadamente às que exportam», observou o ministro.

Com a nova linha, espera o ministro, «vai garantir-se seguro de crédito em quantidade e a um preço acessível para as empresas, nomeadamente as pequenas e médias empresas exportadoras».

Esta solução foi encontrada em estreita colaboração com as associações empresariais, em particular com a Associação Empresarial de Portugal (AEP), cujos dirigentes se encontraram com o ministro, na última segunda-feira, em Lisboa.

Nesse encontro, em que também esteve representada a COSEC – seguradora líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução –, a AEP queixou-se das dificuldades de acesso da PME às linhas de crédito.

Em Santa Maria da Feira, o ministro aludiu também ao programa «PME Consolida», que horas antes apresentou sumariamente em Lisboa, destinado a reforçar os capitais próprios das pequenas e médias empresas no montante de 400 milhões de euros.

O programa «PME Consolida» destina-se às empresas, em particular às pequenas e médias empresas, com o objectivo de «reforçarem os capitais próprios para se modernizarem, investirem e poderem fazer fusões e aquisições».

«Há empresas que vêem esta crise como oportunidade para comprarem outras empresas. Gostaríamos de ser parceiros destes empresários que olham para a crise como uma oportunidade», declarou Manuel Pinheiro.

Em articulação com o «PME Consolida», a AEP e o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) lançaram hoje uma parceria para estimular a fusão, concentração e aquisição de empresas.

Trata-se do Programa Dimensão, que se vai desenvolver ao longo dos próximos três anos e que visa a criação de «condições favoráveis a movimentos de fusão, concentração e aquisição», de forma a proporcionar às empresas «ganhos de escala», disse à Lusa fonte da estrutura de empresários nortenha.

O orçamento para o programa será cerca de um milhão de euros, 70 por cento financiados pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e o restante pela AEP.

Entre as acções previstas para «colocar na ordem do dia a importância crítica da dimensão e da cooperação, enquanto factores estratégicos de competitividade» das empresas portuguesas, o presidente da AEP destacou a realização de seminários e debates em todo o país.

O lançamento de um portal informativo e a edição de um «manual de boas práticas» são outras medidas enquadradas no programa Dimensão, segundo José António Barros.

Estão também previstas sessões de sensibilização de decisores empresariais, para recolha de informação e despiste de empresas-alvo, bem como de novas oportunidades de negócio ou novos mercados emergentes.

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