«Numa época em termos conjunturais como a que vivemos, acções do tipo do “Formação PME” são decisivas para a sustentação das empresas», disse à EDV Informação Paula Silvestre.
«É mais uma oportunidade para terem apoio qualificado, todo ele desenvolvido dentro de cada uma das empresas. No fundo, muito à medida das necessidades reais de cada uma destas organizações», explicou.
Paula Silvestre falava, em S. João da Madeira, à margem da sessão de abertura do «Formação PME», um programa gerido pela Associação Empresarial de Portugal que tem na Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Vouga (ADREDV) uma das 29 entidades beneficiárias.
«Muitas das micro, pequenas e médias empresas têm grandes necessidades ao nível de apoio, de intervenções que podem passar pela preparação para um processo de certificação, posicionamento de mercados ou internacionalização», referiu, salientando não ter dúvidas de que este tipo de formação assume-se como «um vector estratégico para o desenvolvimento sustentado das organizações participantes».
O programa – já na sexta edição – é dirigido a micro, pequenas e médias empresas até 100 trabalhadores, tendo como missão ajudá-las a melhorarem os seus negócios.
No projecto, dinamizado pela ADREDV, estão envolvidas 25 empresas nesta primeira fase que se prolonga até finais de 2009, mobilizando uma equipa técnica constituída por cerca de 30 formadores e consultores.
A segunda fase – a decorrer durante 2010 – congregará mais um lote de 25 empresas.
«Nesta primeira fase participam empresas de praticamente todos os ramos de actividade, oriundas da região Norte, que ao aderirem a este programa ambicionam melhorar as qualificações dos seus dirigentes e colaboradores», disse o coordenador da ADREDV, Elísio Mata.
Colocar ao dispor dos participantes «know-how» e orientar a empresa numa linha de acção estratégica constam do modelo de intervenção do programa formativo. Um dos princípios é valorizar a participação activa dos dirigentes e colaboradores, fomentando o trabalho por objectivos.
«Trata-se no fundo de uma consultoria e formação à medida das necessidades do meio empresarial», referiu Elísio Mata.
«A ideia do programa, financiado a 100 por cento, é permitir fazer diferente para fazer melhor, ajudando a melhorar a produtividade de cada uma das empresas envolvidas», acrescentou.
Enquadrado no POPH – o programa que concretiza a agenda temática para o potencial humano inscrita no Quadro de Referência Estratégico Nacional -, o «Formação PME» contempla sete milhões e 272 mil euros, abrangendo 1.700 empresas até 2010.