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Universidade de Aveiro comemora hoje 35 anos

A Universidade de Aveiro comemora hoje o seu 35º aniversário, numa altura em que se perspectiva um novo rumo para a instituição com a eventual transformação em fundação pública de direito privado.

O aniversário da instituição, criada em 1973 pelo então ministro da Educação, Veiga Simão, será hoje assinalado com uma sessão comemorativa em que estará presente o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, e em que deverá ser abordado o futuro da universidade.

A Assembleia Estatutária da universidade tinha já concluído em Setembro passado «o trabalho de preparação dos novos Estatutos» ao abrigo do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), estando então ainda a negociar com o Governo a passagem a fundação, como esclareceu a reitora, Helena Nazaré, na sessão de abertura do ano lectivo.

Nesse mesmo dia, Helena Nazaré defendeu que a adopção do novo enquadramento jurídico de fundação pública de direito privado «pode ser um instrumento útil para a persecução do interesse público e deste modo não pode nem deve ser diabolizado e muito menos travestido de privatização do Ensino Superior».

A Universidade de Aveiro foi uma das três instituições que negociou com a tutela a passagem a fundação, possibilidade prevista no RJIES. O Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), em Lisboa, já aprovou a adopção do novo enquadramento jurídico, enquanto a Universidade do Porto deverá anunciar hoje a passagem a fundação, segundo disse à Lusa fonte da instituição.

Para a reitora de Aveiro, o significado do conceito do que é uma Fundação Pública de Direito Privado deve ser ainda aprofundado, mas considera que tal «não deve significar a rejeição liminar da bondade de tal opção».

Frequentada por 13 mil alunos distribuídos por cursos de graduação e pós-graduação, Aveiro tem uma das universidades do país mais cotadas internacionalmente, surgindo com frequência entre as dez melhores universidades europeias nos diversos «ranking» divulgados dentro e fora de Portugal por diversas entidades.

A investigação é um dos pontos fortes da universidade, que é desde há 10 anos uma das instituições de ensino superior portuguesas com maior número de projectos de investigação internacionalmente reconhecidos.

A qualidade do corpo docente é outra das imagens de marca: em 2005 foi a universidade portuguesa que mais artigos científicos por docente publicou em revistas estrangeiras, segundo dados do Institute for Scientic Information, que controla os artigos publicados nas três mil revistas científicas mais importantes do mundo.

A universidade apostou cedo na internacionalização, quer recrutando professores estrangeiros, quer participando em programas europeus e em consórcios de universidades internacionais.

Foi também das primeiras a adaptar os seus cursos ao modelo de Bolonha, no ano lectivo de 2006/2007.

A transferência de tecnologia e inovação para a realidade empresarial tem sido outra das apostas da universidade, mantendo-se no topo a nível nacional em áreas como as telecomunicações, informática, electrónica e materiais.

Desde há um ano, acolhe um pólo de investigação da multinacional Nokia Siemens Network, onde é desenvolvido software distribuído a nível mundial.

As infra-estruturas da universidade são outro dos seus pontos distintivos. É em Aveiro que se situa o maior «campus» universitário do país, que integra edifícios com a assinatura dos mais credenciados arquitectos portugueses, como Alcino Soutinho, Siza Vieira e Souto Moura.

Foi há 35 anos que Veiga Simão, numa cerimónia realizada no Museu de Aveiro, deu posse à comissão instaladora da Universidade, presidida pelo primeiro reitor da instituição, Victor Simões Gil. O primeiro curso foi o de telecomunicações, frequentado por 46 alunos.

A aposta feita em licenciaturas então inovadoras, de áreas que não eram exploradas pelas instituições de ensino superior tradicionais, foi determinante para o crescimento da universidade, que acabou por impulsionar também o próprio crescimento da cidade.

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