«Não fazemos outra coisa desde sábado que não seja socorrer pessoas bloqueadas na neve que circulam na estrada. Felizmente não temos tido casos graves», afirmou Carlos Esteves.
A queda de neve na serra da Freita está a causar «dores de cabeça» aos bombeiros locais, que – sem meios que facilitem a sua limpeza -, vêem a tarefa «muito complicada» para atenderem às solicitações, que desde sábado já ultrapassam as 50.
«Arouca não tem meios de socorro para pessoas bloqueadas na neve. Os meios que temos são carros de atracção para fogos florestais», adiantou o comandante.
«Tentamos socorrer as pessoas até onde for possível», disse, apelando para que «todos os que viajam de carro até à serra tenham a máxima prudência».
A serra da Freita está coberta por uma camada de neve desde sexta-feira, um cenário que se deverá prolongar nos próximos dias, de acordo com fonte da Protecção Civil.
«Todo o cuidado é pouco. Podemos apreciar a neve, mas com as devidas precauções, sobretudo para quem circula de automóvel», acrescentou.
A serra da Freita – que se estende pelos municípios de Arouca, S. Pedro do Sul e Vale de Cambra – integra com a vizinha serra da Arada a lista nacional de sítios da Rede Natura 2000, com uma área total de 28.659 hectares.
Este ecossistema tem como principal atractivo um fenómeno geológico único no mundo, o das «pedras parideiras» – rochas graníticas que «expulsam» do seu interior nódulos de mica preta.
A área da serra da Freita inclui cerca de 5.000 hectares de baldios (Merujal, Moldes, Souto Redondo, Albergaria, Ameixoeira, Póvoa Reguenga e Cabreiros) geridos pelas respectivas assembleias de compartes e conselhos directivos, sendo a restante área propriedade de particulares.
A serra é ainda hoje o solar da raça bovina autóctone arouquesa.
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