Ao longo de três semanas, 50 músicos de várias latitudes passarão pelo Centro de Artes Visuais, Convento São Francisco, República Solar dos Kapängas, Salão Brazil e Teatro Académico de Gil Vicente.
As premissas fundamentais da programação mantêm-se em linha com o que tem vindo a ser a prática das últimas edições, assumindo a diversidade de abordagens que marcam a atualidade do Jazz.
Para José Miguel Pereira, director da Associação sem fins lucrativos Jazz ao Centro Clube, “No meio de uma programação regular intensa no contexto do vasto universo de iniciativas do Jazz ao Centro Clube, os Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra têm um lugar especial, enquanto projeto fundador da própria Associação. Concentramos em três semanas propostas de várias geografias que permitem tomar o pulso à realidade atual desta música. É, portanto, um momento de nos sentarmos debaixo da frondosa árvore centenária do Jazz e imaginarmos o futuro!”
O Festival é co-produzido pela Câmara Municipal de Coimbra, pelo que o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva “congratula o regresso do Festival Jazz ao Centro para a sua 21ª edição, salientando o caminho de afirmação e continuidade que este festival tem percorrido, sendo hoje uma referência no panorama cultural nacional e um evento incontornável – com alcance internacional – no que à música jazz diz respeito. O Município de Coimbra pretende continuar a apoiar a Associação Jazz ao Centro que em muito tem contribuído para que a cidade de Coimbra se torne mais cosmopolita e uma referência no que concerne à programação musical.”
Durante o Festival também haverá um momento de celebração: o 11º aniversário do Salão Brazil sob a gestão do Jazz ao Centro Clube.
CONCERTOS
Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek, Lakecia Benjamin, Lotte Anker & Gabriel Ferrandini, Chão Maior e João Mortágua AXES são alguns dos nomes da programação da 21ª edição do Festival Jazz ao Centro, que acontecerá entre 6 e 21 de outubro.
Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek | Sexta – 6 de Outubro, 21h30 Teatro Académico de Gil Vicente
Lantana | Sábado – 7 de Outubro, 22h00 | Salão Brazil
Lakecia Benjamin and Phoenix | Domingo – 8 de Outubro, 18h00 | Salão Brazil
A abertura do Festival fica a cargo de Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek, que atuam no dia 6 de outubro no Teatro Académico de Gil Vicente. Nos dois dias seguintes, os concertos decorrem no Salão Brazil. No sábado, dia 7 de outubro terá como protagonista o sexteto Lantana (sábado, dia 7 de outubro), grupo colaborativo do qual fazem parte Anna Piosik (trompete e voz) Carla Santana (eletrónica), Maria do Mar (violino), Maria Radich (voz), Helena Espvall e Joana Guerra (violoncelos). Na tarde de domingo, dia 8 de outubro, é a vez de Lakecia Benjamin apresentar “Phoenix” o seu quarteto formado por Zaccai Curtis (piano), Ivan Taylor (contrabaixo) e EJ Strickland (bateria).
Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek por Joshua Eckstein
Sven-Åke Johansson bateria
Jan Jelinek eletrónica
Há uma espécie de tensão pela qual Johansson e Jelinek parecem estar interessados em permanecer, mais do que resolver. “Puls-Plus-Puls” é o título dos seus dois discos editados até ao momento, ambos gravados ao vivo, e o facto de manterem o mesmo título em dois registos separados por 3 anos (o primeiro data de 2017 e o segundo de 2020) indica que, mais do que uma possível solução ou resultado final perfeitamente fechado, é mesmo a “pergunta” que os move. Afinal, estamos a falar de “pulsação + pulsação”, não de um confronto ou de uma anulação das diferenças entre os ritmos produzidos pelo humano e pela máquina. É o jogo de diferenças e o terreno comum que produz o fascínio deste trabalho.
Felizmente para nós, a música nunca soa como se estivéssemos perante um programa de investigação. Há questões de partida, isso parece evidente, mas Johansson e Jelinek estão apostados em permitir que o jogo decorra livremente, conscientes que mesmo exercendo controlo nos seus gestos, emergem ao vivo outras camadas, a diferença na repetição que, por menor que seja, abre os espaços que, a eles, lhes interessam, e que são aqueles territórios desconhecidos para os quais terão de pensar, em tempo real, possíveis cartografias.
Apoio:
A apresentação de Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek é feita em parceria com o Out.Fest (Barreiro, Portugal)
Bilheteira
8,00€ | Normal
6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, comunidade UC, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espetáculo, parcerias
Lantana por Pedro Jafuno
Anna Piosik trompete e voz
Carla Santana eletrónica
Maria do Mar violino
Maria Radich voz
Joana Guerra, Helena Espvall violoncelos
LANTANA, sexteto de música experimental/improvisada, é composto por Helena Espvall e Joana Guerra nos violoncelos, Maria do Mar no violino, Carla Santana na electrónica, Maria Radich na voz e Anna Piosik no trompete/voz. Em 2022, Lantana lançou o seu álbum de estreia, “Elemental”, pela Cipsela Records – uma coleção hipnotizante habitada por mil criaturas sónicas, criadas pelas mãos de fantasmas, micro-poeiras e evocações.
O disco teve uma espantosa recepção por parte da crítica especialização, o que resultou na obtenção do Prémio de “Grupo do Ano” na Festa do Jazz 2022 (CCB, Lisboa) e, igualmente, na escolha de Lantana, pela Annual International Critics Poll (que reúne 64 críticos internacionais) da publicação El Intruso, como “Grupo Revelação”.
Bilheteira
8,00€ | Normal
6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo
Lakecia Benjamin por Elizabeth Leitzell
Lakecia Benjamin saxofone alto
Zaccai Curtis piano
Ivan Taylor contrabaixo
EJ Strickland bateria
Passaram apenas dois anos desde que Lakecia Benjamin esteve envolvida num gravíssimo acidente, no qual sofreu a fractura da clavícula e do maxilar. Regressava de um concerto de promoção do seu terceiro álbum, dedicado a John e Alice Coltrane e era já uma das maiores promessas do jazz, tendo sido, por exemplo, eleita “Rising Star” (saxofone alto), pela mais influente revista de jazz norte-americana, a Downbeat Magazine, em 2020.
Tudo levava a crer que estávamos perante mais uma história de uma carreira de sucesso interrompida por circunstâncias trágicas, mas o que aconteceu nos meses seguintes, com uma dolorosa mas completa recuperação, foi de tal forma extraordinário que levou a que Lakecia Benjamin intitulasse de “Phoenix” o seu quarto disco, lançado em janeiro de 2023.
Tal fénix renascida das cinzas, Lakecia Benjamin não tem parado de se apresentar ao vivo, em ambos os lados do Atlântico, apresentando o disco que, muito provavelmente, estará nos lugares cimeiros nas listas de “melhores do ano” de grande parte da imprensa especializada.
Pela trajectória fulgurante de Lakecia, e pelo seu previsível lugar futuro no mundo do Jazz contemporâneo, ver e ouvi-la no palco do Salão Brazil será uma daquelas oportunidades a não perder!
Bilheteira
15,00€ | Normal
12,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo
Jam no Salão com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra | Quinta – 12 de Outubro, 21h30 | Salão Brazil
Mário Costa “Chromosome” | Sexta – 13 de Outubro, 22h00 | Salão Brazil
Chão Maior | Sábado – 14 de Outubro, 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente
Lívia & Fred | Domingo – 15 outubro, 18h00 | Convento São Francisco (Sala D. Afonso Henriques)
Luís Vicente / William Parker / Mark Sanders | Domingo, 15 outubro, 21h00 | Salão Brazil
Depois de um curto interregno, o Jazz ao Centro regressa, no dia 12, com uma jam session no Salão Brazil, destacando o trabalho de parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra e com uma emergente comunidade de músicos apostados. No dia seguinte (13 de outubro), o Salão da Baixa de Coimbra acolhe o quarteto liderado pelo baterista e compositor Mário Costa, que apresentará “Chromosome”, trabalho que conta com os préstimos dos franceses Benoît Delbecq (piano) e Bruno Chevillon (contrabaixo), assim como do trompetista americano de raízes vietnamitas Cuong Vu. No sábado, dia 14 de outubro, nova passagem pelo Teatro Académico de Gil Vicente, para a primeira apresentação do disco “Snakes & Thunder” (com data prevista de lançamento no primeiro trimestre de 2024) pelo quinteto Chão Maior, projeto colaborativo encabeçado pelo trompetista e compositor Yaw Tembe, ladeado por João Almeida (trompete), Norberto Lobo (guitarra e baixo), Leonor Arnaut (voz) e Ricardo Martins (bateria). No derradeiro dia do segundo fim de semana de festival, Lívia Nestrovski e Fred Ferreira irão apresentar, ao final da tarde, um programa desenhado especialmente para esta apresentação no Festival Jazz ao Centro no Convento São Francisco. À noite, regresso ao Salão Brazil, para um concerto de Luís Vicente / William Parker / Mark Sanders, que aqui se encontram pela primeira vez em formato trio.
Nuno Rodrigues & Rui Alvarez por João Duarte
Nuno Rodrigues trompete
Rui Alvarez contrabaixo
Paulo Silva bateria
Com o objetivo de criar um ponto de encontro quinzenal para todos os interessados no jazz, reforçando a ligação entre músicos da Região de Coimbra (e não só), o Salão Brazil e um conjunto de músicos e docentes Curso Profissional de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra, entre os quais se incluem Mauro Ribeiro e João Mortágua, iniciaram, em setembro, as jam no Salão.
Apoio:
– Conservatório de Música de Coimbra (CMC)
– Curso Profissional de Jazz do CMC
Entrada gratuita (sujeita à lotação da sala)
Mario Costa Chromosome por João Hasselberg
Mário Costa bateria e composição
Cuong Vu trompete
Benoît Delbecq piano e eletrónica
Bruno Chevillon contrabaixo
Chromosome, numa referência directa à composição de Mário Costa, foi pensado especificamente para o ADN de cada um dos músicos que agora o acompanha. É esse sentimento, de temas preparados com o cuidado para permitir a cada elemento a exploração das suas qualidades, que engrandece o brilhantismo de um disco tão cativante quanto inesperado nos seus nove temas. Se lembrarmos que a trompete de Cuong Vu costuma ser escutada em projectos de Bill Frisell, Pat Metheny, David Bowie ou Laurie Anderson, que o contrabaixo de Bruno Chevillon surge amiúde ao lado de Louis Sclavis, Michel Portal ou Daniel Humair, e que o piano de Benoît Delbecq, além dos projectos próprios, tem tocado com gente tão díspar e especial quanto Evan Parker, Mark Turner ou Mary Halvorson, fica-se com uma pálida ideia do encontro que aqui acontece. Mas porque esta música é muito mais do que a soma das partes e porque cada composição funciona como uma passadeira vermelha que Mário Costa estende a cada um dos seus cúmplices, é também muito mais aquilo que, qual milagre, se revela na união destes quatro músicos. E, por isso, tudo fica por dizer. Só a música pode falar pelo deslumbramento e pela explosão de criatividade que se liberta de Chromosome.
Apoio:
Fundação GDA
Bilheteira
10,00€ | Normal
8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo
Chão Maior
Yaw Tembe composição, trompete e eletrónica
João Almeida trompete e eletrónica
Leonor Arnaut voz e eletrónica
Norberto Lobo guitarra, baixo e eletrónica
Ricardo Martins bateria e eletrónica
No disco de estreia Drawing Circles, editado em 2020, Chão Maior incorporou um processo ligado às práticas visuais e à psicogeografia, traçando um paralelo ao trabalho de Richard Long. Idealizou-se uma música capaz de atravessar territórios, pensada através de deambulações e que fosse propensa à prática de derivas e desvios.
Chão Maior regressa agora às edições com o segundo álbum, intitulado Snakes and Thunder. Esta série de peças assenta nas ideias de equivalência e de balanço como forma de atravessar e cruzar sistemas em várias dimensões e instâncias.
Como criar espaço para o diálogo quando se balança entre diferentes sistemas de valores? O que resulta desta sobreposição?
São as premissas para Snakes and Thunder, disco que sairá apenas em 2024, e que, no Festival Jazz ao Centro, terá a sua primeira apresentação pública.
Bilheteira
8,00€ | Normal
6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, comunidade UC, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espetáculo, parcerias
Lívia & Fred
Lívia Nestrovski Voz
Fred Ferreira Guitarra
Clássico e contemporâneo, popular e erudito, do Brasil e do mundo, tão experimental quanto acolhedor, o caminho traçado por Lívia e Fred é subtil, inesperado, inspirado. Com canções de Kurt Weill, Zé Miguel Wisnik, Benjamin Britten, Arrigo Barnabé, Maurice Ravel, Milton Nascimento e nomes da nova geração, o duo constrói narrativas e rege afetos. Após seis anos em digressão com seu primeiro disco, tendo passado por EUA, França, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, Rep. Checa, Estónia, Colômbia, Cuba, México, Argentina, Líbano e Síria, além de todas as regiões do Brasil, preparam seu segundo disco.
Luís Vicente, William Parker e Mark Sanders
Luís Vicente trompete
William Parker contrabaixo
Mark Sanders Bateria
O que acontece quando juntamos um dos mais surpreendentes instrumentistas do Jazz português atual a duas figuras incontornáveis da história recente do Jazz?
Vamos descobrir, na noite de 15 de outubro, no palco do Salão Brazil, em concerto no âmbito da 21ª edição do Festival Jazz ao Centro.
Ao longo da última década, Luís Vicente construiu um espaço próprio no Jazz europeu, fruto de uma trabalho incansável no estabelecimento de pontes internacionais: em França, nos Países Baixos, na Polónia, na Áustria e no Reino Unido. Esse labor permitiu-lhe ser presença constante em concertos, festivais e residências artísticas um pouco por toda a Europa, sendo solicitado por numerosos músicos e programadores, hoje em dia perfeitamente conhecedores da sua singularidade enquanto instrumentista e do seu perfil enquanto ser humano.
Não surpreenderá, portanto, que o vejamos, nesta edição dos Encontros, lado a lado com dois dos mais respeitados músicos da cena jazzística: o venerável contrabaixista William Parker e o notável baterista britânico Mark Sanders.
Bilheteira
10,00€ | Normal
8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo
João Mortágua AXES | Quinta – 19 de Outubro, 21h30 | Salão Brazil
Orè | Sexta – 20 de Outubro, 18h00 | República Solar dos Kapängas
Per Zanussi com Vestnorske Jazzensemble | Sexta – 20 de Outubro, 22h00 | Salão Brazil
Lotte Anker & Gabriel Ferrandini | Sábado – 21 de Outubro, 18h00 | Centro de Artes Visuais
O último fim de semana do Festival Jazz ao Centro reserva espaço para quatro concertos. Na noite de quinta-feira, dia 19 de outubro, o sexteto AXES de João Mortágua sobe ao palco do Salão Brazil para apresentar o seu novíssimo disco “Hexagon”, e para ajudar à celebração do 11º aniversário da casa sob a gestão do Jazz ao Centro Clube. Com o saxofonista e compositor residente em Coimbra, estarão Tomás Marques (saxofone alto), Hugo Ciríaco (saxofone tenor), Rui Teixeira (saxofone barítono), Filipe Louro (baixo elétrico) e Pedro Vasconcelos (bateria). Na sexta-feira, dia 20 de outubro, a República Solar dos Kapängas recebe o projeto Orè que junta, sob a liderança do contrabaixista brasileiro Pedro Ivo Ferreira, o saxofonista português José Soares, o guitarrista uruguaio Miguel Petruccelli, José e o holandês Onno Govaert. A juntar à relevância deste grupo multi-nacional baseado nos Países Baixos, pretende-se chamar a atenção para a fragilidade da situação atual das Repúblicas, que alguns casos, como o da República Solar dos Kapängas, ameaça a sua própria continuidade. Todas as receitas de bilheteira revertem para o fundo de apoio jurídico da Associação Solar dos Kapängas. À noite, o festival transfere-se do alto do Santo António dos Olivais para a Baixa de Coimbra, onde atuam Per Zanussi com Vestnorske Jazzensemble. O contrabaixista e compositor Per Zanussi faz acompanhar por um ensemble de 11 músicos formado por Kjetil Møster, Heidi Kvelvane, Elisabeth Lid Trøen e Kristoffer Alberts (saxofones), Didrik Ingvaldsen, Simen Kiil Halvorsen (trompetes), Thomas Dahl (guitarra), Gro Austgulen (violino), John Derek Bishop (electrónica) Børge Fjordheim e Øyvind Skarbø (bateria e percussão). Para o final, no dia 21 de outubro, está previsto um único concerto, a ter lugar no Centro de Artes Visuais. A música estará a cargo do duo Lotte Anker & Gabriel Ferrandini que encerram em Coimbra uma semana de trabalho de criação (a convite do Teatro do Bairro Alto, em Lisboa).
AXES de João Mortágua
João Mortágua composição e saxofone soprano
Tomás Marques saxofone alto
Hugo Ciríaco saxofone tenor
Rui Teixeira saxofone barítono
Filipe Louro baixo elétrico
Pedro Vasconcelos bateria
Constituindo ao longo dos últimos anos um dos principais focos criativos do saxofonista João Mortágua, este sexteto editou o seu álbum de estreia em Junho de 2017, afirmando desde logo uma estética composicional arrojada, transversal e eclética.
Depois de atuarem em festivais como o Spring On! (Casa da Música), 8º Festival Porta Jazz (Rivoli), KM.251 (Ponferrada) ou o Internationales Jazz Festival (Muenster), marcaram ainda presença nos festivais de jazz de Sudtirol e de Belgrado, para além do Angra Jazz e do festival Antena2.
Em “Hexagon”, que saiu em Junho de 2023, Mortágua dá definitivamente um passo em frente na história da banda, erguendo sobre os seus alicerces identitários toda uma nova construção geométrica, baseada na narrativa dos ângulos e dos polígonos. Partindo dessa premissa arquitetónica, a música deste novo álbum revela-se firme e impactante, buscando no equilíbrio entre a força e a emotividade o ónus do seu significado: uma permanente construção conjunta sobre a tela em branco que é a nossa passagem por este mundo.
Bilheteira
8,00€ | Normal
6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo
Orè
Pedro Ivo Ferreira contrabaixo e composição
José Soares saxofone alto
Miguel Petruccelli guitarra
Onno Govaert bateria
O Quarteto Orè, formado por Pedro Ivo Ferreira em 2021, é um grupo musical que explora a rica tapeçaria de ritmos e melodias do nordeste brasileiro, combinando-os com improvisação livre.
Com membros de quatro nacionalidades diferentes – Pedro Ivo Ferreira (Brasil), Miguel Petruccelli (Uruguai), José Soares (Portugal) e Onno Govaert (Holanda) – a banda cria uma paisagem sonora, capturando a simplicidade do sertão brasileiro e a espontaneidade da música improvisada.
A música é uma fusão cativante de influências culturais, resultando numa experiência musical autêntica e envolvente.
Bilheteira
Contribuição voluntária cujas receitas reverterão, na sua totalidade, para o fundo de apoio jurídico da Associação Solar dos Kapängas.
Em bol.pt, a contribuição sugerida será de 10,00€ ou 5,00€. No próprio dia, na bilheteira local, o público interessado poderá contribuir com o valor ao alcance das suas possibilidades
Per Zanussi com Vestnorske Jazzensemble
Per Zanussi contrabaixo e composição
Kjetil Møster, Heidi Kvelvane, Elisabeth Lid Trøen e Kristoffer Alberts saxofones
Didrik Ingvaldsen, Simen Kiil Halvorsen trompetes
Thomas Dahl guitarra
Gro Austgulen violino
John Derek Bishop electrónica
Børge Fjordheim e Øyvind Skarbø bateria
“Li and the Infinite Game” peça composta por Per Zanussi para a Vestnorsk Jazzensemble mistura os diferentes interesses musicais do compositor numa bela, enérgica e rítmica jornada através de 10 paisagens musicais diferentes.
Nos últimos anos, a música de Zanussi para grandes ensembles tem-se centrado na composição para improvisadores que se envolvem de uma forma bastante livre, onde o som tem levado a mente para a música contemporânea. Neste trabalho para VNJE, um pouco disso ainda se pode encontrar, mas também inspiração de funk futurista, prog-Afrobeat, baladas de xamãs coreanas e free jazz norte-africano.
“Li” no título alude ao nome chinês para padrões na natureza, que há muito tem sido uma inspiração para a música de Zanussi: padrões fixos e dinâmicos, no tempo e no espaço, cíclicos, assimétricos e ordenados ao mesmo tempo. Nuvens, árvores, dunas, fluxo e caos.
A última parte do título, “The Infinite Game”, é sobre o outro aspeto importante da peça, nomeadamente a relação com os músicos de Bergen e Stavanger que se encontram e dão vida às composições. Neste encontro monta-se um “jogo infinito” onde o objetivo não é vencer, mas sim poder continuar no jogo.”
Bilheteira
10,00€ | Normal
8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo
Lotte Anker & Gabriel Ferrandini
Lotte Anker saxofone tenor Gabriel Ferrandini bateria e percussão A saxofonista dinamarquesa Lotte Anker e o baterista português Gabriel Ferrandini encontram-se, a convite do teatro do Teatro do Bairro Alto para uma residência artística que culminará num concerto, no dia que antecede este espectáculo no Festival Jazz ao Centro. Lotte Anker conta com uma carreira sólida que se estende por quatro décadas. Manteve, ao longo de todo este período uma diversidade enorme de projetos colaborativos, desde o quarteto dividido com Mette Petersen (expandido para quinteto com a inclusão de Nils-Petter Molvær), passando pelo Copenhagen Art Ensemble (que co-liderou juntamente com o compositor e trombonista Tire Larsen), os fantásticos trios com Marilyn Crispell e a Marilyn Mazur e, já neste século, com o pianista Craig Taborn e o baterista Gerald Cleaver. Também manteve projetos colaborativos com Fred Frith, Tim Berne, Ikue Mari, Sylvie Courvoisier. Tom Rainey e Phil Minton, entre muitos outros. Por sua vez, Ferrandini tem mantido uma intensa atividade na escrita para as artes de palco, quer a convite de encenadores como Tiago Rodrigues, quer arriscando mesmo ele próprio em criações como Rosa. Espinho. Dureza (com o ator Frederico Barata). Na música, abriu novos caminhos com o disco Hair of the Dog e o espectáculo a solo Casino. Bilheteira 10,00€ | Normal 8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo |
PROGRAMAÇÃO PARALELA
O Festival terá também uma programação dedicada ao público infantil com o espectáculo O Jazz é Fixe! e os jovens estudantes do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra apresentarão o seu trabalho no contexto do Festival, assim como para o djset de Rui Miguel Abreu. Os bilhetes do Festival Jazz ao Centro – Encontros internacionais de Jazz de Coimbra já estão à venda, nos locais habituais, sendo que os seus preços variam entre os 6 e os 15 euros. BILHETES Lantana; Lakecia Benjamin; Mário Costa; Luís Vicente, William Parker & Mark Sanders; João Mortágua Axes; Per Zanussi com Vestnorsk Jazzensemble e Lotte Anker e Gabriel Ferrandini BILHETES Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek; Chão Maior BILHETES Lívia & Fred |
SOBRE O FESTIVAL JAZZ AO CENTRO
O concerto inaugural do Festival Jazz ao Centro – Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra teve lugar a 18 de janeiro de 2003, numa altura em que Coimbra se preparava para lançar o programa que a celebrava como Capital Nacional da Cultura. Foi o culminar dos esforços de um conjunto alargado de pessoas que, em várias reuniões, traçaram as linhas gerais do que viria a ser o festival, tendo servido, também, para impulsionar a criação da Associação Cultural que o viria a organizar futuramente: o Jazz ao Centro Clube. O Jazz ao Centro – ou os “Encontros” (como muitos lhe chamam) – conheceu vários modelos, sendo que o formato que conhecemos hoje em dia só surgiu no último terço da vida do Festival, quando em 2016 se passou a realizar em Outubro. Independentemente dos formatos, há um conjunto de características que se mantiveram inalteradas e entre as quais convém destacar, por um lado, o lugar privilegiado da criação, tendo sido editados e gravados mais de 20 discos no seu contexto (em editoras como a Clean Feed, a Cipsela e a JACC Records) e, por outro, a visão heterodoxa que permite abrir espaço a “todos os jazzes”, dos mais devedores da tradição até aos que desafiam as fronteiras do género. |
Mais informação: _ FICHA TÉCNICA Direcção Artística: José Miguel Pereira Direcção Técnica João P. Miranda Direcção de Produção Adriana Ávila Assessoria de imprensa Alexandra Neto Ferreira Redes Sociais Adelaide Martins Design Gráfico Joana Monteiro Fotografia João Duarte Co-Organização Câmara Municipal de Coimbra & Associação Jazz ao Centro |
Precisa de calçado ortopédico verifique na Lola