O verão está prestes a chegar e a aldeia de Chãs, em Foz Côa, está preparada para receber a estação mais quente do ano com um grandioso cortejo e uma cerimónia mística. No dia 21, das 18h30 às 20h45, junte-se para celebrar o solstício de verão, renovar as energias e purificar o corpo e o espírito.
O local foi escolhido pelos nossos antepassados celtas para saudar o pôr do sol no dia mais longo do ano, quando o brilhante e belo astro atinge a maior declinação em latitude, medido a partir da linha do Equador. O solstício marca o início do verão, que termina a 23 de setembro, seguido da celebração do Equinócio do outono no santuário rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, cuja gruta é atravessada pelos raios solares do nascer do sol.
Programação
De manhã, ao nascer do sol, a celebração terá início em Stonehenge, no condado de Wiltshire, Inglaterra, e também em Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa, a partir das 18h30.
O cortejo partirá do adro da igreja da aldeia e seguirá até ao pôr do sol no maciço dos Tambores-Mancheia. Durante o evento, os participantes poderão testemunhar os raios solares passando pelo eixo da Pedra do Solstício, numa cerimónia festiva que contará com a animação do grupo de Gaiteiros Tok d’gaita de Miranda do Douro, com o apoio especial da autarquia local.
A Magia do Solstício
Um impressionante megálito com três metros de diâmetro, que se assemelha a uma enorme réplica da esfera terrestre quando observado do oriente para o ocidente, é o ponto central desta celebração.
Apenas aqueles que estiverem presentes no local, nos momentos em que os raios solares atravessarem o eixo da câmara, terão plena consciência da revelação de uma visão fabulosa, um verdadeiro hino à Natureza, à Terra, aos Céus e ao Cosmos.
O Vale do Côa: Para Além das Gravuras Rupestres
O Vale do Côa é conhecido não apenas pelas suas famosas gravuras rupestres, mas também por dois magníficos templos solares, considerados a “Rota do Sol” ou o “Stonehenge Português”.
Um deles é a Pedra do Sol ou Pedra do Solstício, enquanto o outro é o Santuário Rupestre da Cabeleira de Nossa Senhora. Há duas décadas, este santuário foi classificado como um antigo local de culto ao crânio e aos sacrifícios, e em 2002 foi reconhecido como um verdadeiro calendário astronómico primitivo.
A Celebração das Tradições
Desde tempos remotos, os povos atribuíam ao sol um poder mágico e terapêutico, dedicando-lhe cultos especiais. Muitos desses rituais e festividades coincidiam com as mudanças na natureza, principalmente nos solstícios e equinócios, e estavam profundamente ligados à agricultura e à fertilidade.
Acreditava-se que nesses dias sagrados, os deuses concediam proteção e bênçãos especiais em troca de oferendas e sacrifícios. Para os adoradores contemporâneos do sol, essas celebrações representam a busca pelo equilíbrio e harmonia com a Natureza, em perfeita comunhão com as transformações energéticas das estações do ano.
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