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Évora regista aumento de 21% no preço das casas

Os últimos anos têm sido de quebra de recordes no que se refere aos valores praticados no imobiliário nacional. Em alguns distritos do país, esse desempenho colocou inúmeros imóveis distantes das reais capacidades de uma larga maioria. Como resultado, alguns pontos do interior do país são atualmente encarados de forma distinta.

Nada mais pertinente do que as mudanças que o mundo tem atravessado para revitalizar o interesse por distritos como Évora. Em plena revolução do teletrabalho, a proximidade para com um escritório tornou-se relativa ou até mesmo redundante.

Com efeito, assistimos a um aumento de preços no distrito na ordem dos 21%. Em termos práticos, significa que comprar casa em Évora custava em dezembro de 2021 cerca de 247.197€, segundo o portal de referência Imovirtual. Um registo impressionante, se considerarmos que em dezembro de 2020, esse montante se situava nos 204.307€.

A relevância destes valores oferece-nos duas perspetivas distintas. Por um lado, são excelentes notícias para quem beneficie da venda de um imóvel, pois usufruiu de uma valorização extraordinária ao longo do último ano. No lugar oposto encontram-se aqueles que até aqui podiam considerar Évora como um distrito económico para viver e onde essa oferta entra agora em escassez.

 

Distritos do Interior em Destaque

Segundo as mais recentes estatísticas publicadas pela Imovirtual no habitual barómetro mensal, Évora não é caso único no país. Porém, é relevante que o distrito tenha demonstrado o maior crescimento ao longo do último ano, superando largamente os pesos-pesados.

Portalegre também se destaca, com um registo de aumento na ordem dos 12,3% ao colocar os valores médios de venda em 125.893€. Também Castelo Branco apresenta um registo positivo com um crescimento de 2,6% e valores similares a Portalegre, com 126.256€.

Já o interior norte do país continua a demonstrar alguma dificuldade em estimular o mercado imobiliário local, nomeadamente no caso da Guarda com -0,9% e 112.973€ ou Bragança, com -0,6% ainda que devamos ter em conta que aqui o valor médio é manifestamente superior e se situa atualmente nos 216.622€.

 

O Panorama Nacional

O desempenho de Évora torna-se por demais relevante ao considerarmos que a média nacional relativa aos valores de venda aumento na ordem dos 6,8%. Assim, os valores de 348.223€ registados em dezembro de 2020 evoluíram para 372.017€ em 2021.

Com o apetite por parte dos investidores nacionais e internacionais em alta, será expetável que o ano de 2022 continue a quebrar recordes. Como indicámos, são excelentes notícias para uns e colocam maiores desafios a outros.

Estes números foram estimulados não apenas pelo crescimento do distrito alentejano, mas também pela Região Autónoma da Madeira, com 17,5% e Setúbal, com 14,5%. Tal como mencionado anteriormente, a Guarda continua a registar a variação negativa mais acentuada com -0,9%.

Podemos assim insinuar que o mercado imobiliário a nível nacional continua a encontrar novos tetos, linhas de suporte e a colocar uma pressão considerável sobre aqueles que ainda têm o sonho de encontrar habitação acessível.

Num panorama global agravado pela escassez de alguns materiais de construção, aumento da inflação e dificuldades nas cadeias de abastecimento, continuam a faltar soluções em toda a linha para responder a uma das mais básicas necessidades humanas: habitação condigna a preço acessível.

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