A Póvoa de Varzim celebra hoje 47 anos como cidade. Em virtude dos condicionalismos provocados pela pandemia e a necessidade de cumprir as orientações de saúde pública, o Dia da Cidade é comemorado em moldes distintos dos anos anteriores e que sempre caracterizaram como a festa da cidadania. A Câmara Municipal optou assim por assinalar este dia tão especial com uma sentida intervenção por parte dos responsáveis pelos órgãos autárquicos poveiros, via digital, numa expressão evidente de um concelho unido e forte.
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O Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, explicou que “o Dia da Cidade só pode ser celebrado em sessão aberta, reunindo cidadãos e as diversas organizações da nossa sociedade civil”, numa celebração anual de “força da nossa união comunitária” e “afirmação de cidadania entre as autoridades locais, as individualidades convidadas, os muitos cidadãos interessados e os familiares e amigos, pessoas singulares ou coletivas que homenageamos e certificam, com a sua presença e o seu aplauso, a justeza das distinções que o Município propõe, a cada ano, num ato de pedagogia cívica”.
Deste modo, Aires Pereira entende que “qualquer outro modelo celebratório, designadamente um que restringisse a presença das autoridades e dos distinguidos e a presença do movimento associativo, da nossa dinâmica sociedade civil e da população, atentaria contra o espírito que norteia a celebração, esvaziando-a de sentido e conteúdo”. Ficará, portanto, adiada para 2021 a “homenagem devida a quem nestes tempos conturbados mais tem contribuído para que continuemos a ser uma comunidade cada vez mais coesa e feliz”, esclareceu o edil. O Presidente da Assembleia Municipal, Afonso Pinhão Ferreira, recordou que “o Dia da Cidade é uma festividade que consubstancia uma chamada de atenção. Pretende-se que seja um dia peculiar, mais propriamente um dia distinto, de festa, no qual a comunidade poveira escreve parte da sua memória. Afinal, ter memória de nós próprios é a essência da comunidade”. O distanciamento social e as normas de saúde a que a Póvoa de Varzim e o país estão obrigados não permitem nem recomendam, “lamentavelmente”, encontros festivos, “que se impunham nesta data e que já pertencem ao percurso histórico narrativo da comunidade local e são já tradição”. Nesta data “tão significativa para os poveiros”, Afonso Pinhão Ferreira, pretende “aguçar a consciência social poveira, esse sentimento coletivo que nos mares tempestuosos que navegamos se apelida de solidariedade humana. Contamos que todos os poveiros, imbuídos desse sentimento comunitário e conscientes da sua memória identitária, se ajudem mutuamente para ultrapassarem as dificuldades económico-financeiras que se avizinham, já que iremos precisar uns dos outros”. Os Presidentes das Juntas de Freguesias poveiras fizeram questão de se juntar a esta singela lembrança de uma data que tanto diz aos poveiros. Fernando Rosa (Aguçadoura e Navais) deixou uma “palavra de gratidão para com os agricultores, que nunca pararam para que nada faltasse à mesa dos portugueses e, em particular, à mesa dos poveiros”; Carlos Maçães (Aver-o-Mar, Amorim e Terroso) destacou uma celebração “completamente diferente, mas com igual significado e maior sentido de unidade”; José Araújo (Balasar) realçou um “concelho virtuoso, com as suas gentes, cultura, vontade e determinação”; José Armandino (Estela) enalteceu a “força e capacidade de resiliência da nossa comunidade”; António Pontes (Laúndos) felicitou a Póvoa de Varzim “pela forma como implementou todas as normas necessárias no decorrer desta pandemia, sempre a pensar na segurança dos seus munícipes”; Ricardo Silva (Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai) lembrou que 2020 testou “a resiliência dos poveiros que enfrentaram a pandemia com toda a coragem” e emergiram como “comunidade forte, unida e pronta para enfrentar o futuro com toda a confiança”; Paulo João Silva (S. Pedro de Rates) prestou homenagem a “todos aqueles que nos últimos meses estiveram ao lado das entidades e com as entidades, a minimizar as dificuldades de todos nós, e a todos aqueles que no exercício das suas funções profissionais deram o seu melhor e foram muito para além daquilo que são as suas obrigações profissionais”. Passadas as provações de um tempo suspenso e de prevenção, é chegada a hora de abraçar o futuro do concelho da Póvoa de Varzim. Um concelho que demonstrou e demonstra união, força, felicidade e amizade, no ano em que celebra 47 anos como cidade. Juntos, voltaremos a sorrir. Parabéns, Póvoa de Varzim! |
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