Inaugurou este sábado, 30 de novembro, em Fátima, com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto e do Vereador da Cultura, Renato Pinto Ribeiro, a Exposição “Vestida de Branco”, a mostra que reúne mais de 150 obras de arte, artefactos religiosos e documentos diversos.
Para marcar a data e a profunda ligação da Trofa à imagem de Nossa senhora do Rosário de Fátima, o Presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, o Vereador da Cultura da Autarquia, Renato Pinto Ribeiro e o santeiro Trofense Boaventura Pereira de Matos, foram convidados para a inauguração da Exposição “Vestida de Branco”, no passado dia 30 de novembro, em Fátima.
Esta mostra que reúne mais de 150 obras de arte, artefactos religiosos e documentos diversos, está patente no Convivium de Santo Agostinho, no Santuário de Fátima, e assinala o centenário da escultura original de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que está na Capelinha das Aparições, desde 13 de junho de 1920, e que foi esculpida por José Ferreira Thedim (1892-1971), mestre santeiro de S. Mamede do Coronado, Trofa.
Esta exposição integra várias peças propriedade da Câmara Municipal da Trofa, da Coleção Estúdio Nossa Senhora de Fátima e da Coleção José Ferreira Thedim, bem como peças de Boaventura Pereira de Matos, mestre santeiro Trofense, responsável pela última policromia da imagem.
A imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima foi executada em 1920, por José Ferreira Thedim, na sua Oficina, em S. Mamede do Coronado. Está esculpida em madeira de cedro do Brasil, pintada a óleo com folha de ouro de 22k e tem pouco mais de um metro.
A Câmara Municipal da Trofa também se prepara para assinalar este centenário da criação da imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, com um conjunto de efemérides, e para o Presidente da Câmara Municipal, é um orgulho para a Trofa estar ligada à “imagem religiosa mais conhecida do mundo”, e à salvaguarda da arte sacra e da imaginária religiosa tão característica do Vale do Coronado e que está inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
Empenhada na preservação desta arte e deste saber-fazer, a Câmara Municipal da Trofa publicou em 2017, o livro “A produção de Arte Sacra do Vale do Coronado” que documenta que “depois de 1920 a produção de imaginária religiosa iniciou um novo ciclo em Portugal. Nesse ano, José Ferreira Thedim (1891-1971), descendente de uma família que há várias gerações trabalhava nesta arte, no lugar de Fontes, em São Mamede do Coronado, executou a imagem para a Capelinha das Aparições, no Santuário de Fátima, a partir de uma encomenda da Casa Fânzeres de Braga. Esta peça, além de satisfazer de forma plena as pretensões de promotores e crentes, gerou um novo tema iconográfico que, mesmo antes da aprovação das aparições pelas autoridades eclesiásticas em 1930, já estava difundido por todo o país (…). Em 1930 foi autorizado o culto da imagem nas igrejas levando a um aumento de encomendas à oficina Thedim, fazendo com que esta crescesse de forma considerável. Na segunda metade da década de 1940, o mestre desta oficina realizou duas novas imagens da iconografia mariana de Fátima, a Virgem Peregrina e o Imaculado Coração de Maria. Ambas foram sustentadas nas elucidações da irmã Lúcia, com quem Thedim privou para o efeito.”
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