A Fundiestamo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., realizou (hoje) a convite da Câmara Municipal uma visita de trabalho a Seia, com o Instituto Politécnico da Guarda, para avaliar as propostas que a autarquia sinalizou no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior.
Os coordenadores da sociedade que gere o Fundo Nacional para a Reabilitação do Edificado (FNRE), composto por capitais do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, visitaram esta manhã o conjunto de edifícios de que o município dispõe no Centro Histórico da cidade, assim como a antiga cantina da Fisel, propriedade da empresa pública Estamo, que o município acredita serem duas boas soluções para a criação de uma residência de estudantes.
O objetivo, explica o Presidente do Município, Carlos Filipe Camelo, é promover a oferta para estudantes do ensino superior e famílias que, não sendo carenciadas, têm dificuldade em encontrar habitação condigna a valores que consigam suportar.
O edil considera que a construção deste equipamento é absolutamente vital para a consolidação e afirmação da Escola Superior de Turismo e Hotelaria, na medida em que a torna mais atrativa no que se refere à captação de novos alunos, nacionais e estrangeiros.
Filipe Camelo recorda que este fundo não implica verbas do Orçamento do Estado ou da autarquia, nem obriga as entidades, no caso o Instituto Politécnico da Guarda, a endividarem-se ou a consumirem capitais próprios.
“Neste momento, o que importa saber é se, economicamente, é viável transformar as instalações que sinalizámos, sendo que, só a partir desse momento, estaremos em condições de tomar uma decisão”, explicou.
No entendimento da autarquia, ambas os cenários apresentados trazem enormes vantagens. No caso do Centro Histórico permitiria reabilitar edifícios devolutos e repovoar o ‘miolo’ da cidade. No que se refere à solução da antiga cantina da Fisel, esta possibilitaria prosseguir com a intervenção de reconversão da zona cimeira da cidade, iniciada com a instalação do Continente, sendo que permitiria criar um equipamento com maior escala e abrangência, capaz de servir os alunos do ensino superior, profissional, secundário e artístico. Qualquer uma das alternativas possuem boa ligação à rede de transporte urbanos, encontrando-se perfeitamente integradas na cidade.
A construção de uma residência de estudantes em Seia é vista como um forte contributo para melhorar a competitividade das instituições de ensino e minorar as dificuldades atualmente sentidas pelos estudantes deslocados em encontrar alojamento a preços acessíveis.
Após a identificação dos imóveis, hoje realizada, será feita a avaliação preliminar sobre a viabilidade funcional e económico-financeira da operação (o valor existente, o custo da reabilitação e a rentabilidade), a consensualização do programa (tipologias) e a definição do respetivo modelo de gestão.
Atualmente existe uma residência de estudantes a funcionar provisoriamente num espaço adaptado para o efeito, cujo arrendamento é financiado pela Câmara Municipal.
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