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Autarquia de Espinho investe 150 mil euros para melhorar circuitos no Castro de Ovil

estação arqueológica do Castro de Ovil, em Espinho, vai ser sujeita a uma segunda fase de arranjos de valorização museológica e turística, anunciou hoje a autarquia, que pretende arrancar com as obras até meados de novembro.
Localizada na freguesia de Paramos, a área de cerca de três hectares a intervencionar integra um povoado castrejo anterior à ocupação romana do território e também a ruína de uma fábrica de papel que laborou no local entre 1836 e a década de 1970.
“Já fizemos uma limpeza profunda da zona, com um programa de reflorestação envolvendo apenas espécies autóctones e agora queremos lançar até meados de novembro as obras que vão permitir dotar o local de percursos e painéis informativos”, revelou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Espinho, Joaquim Pinto Moreira.
A obra também prevê trabalhos de reforço e reposição de ruínas, assim como a criação de instalações sanitárias, arrumos, uma área para estacionamento de bicicletas e uma cancela que impeça o acesso de veículos motorizados ao local.
O investimento necessário para o efeito será na ordem dos 150 mil euros, integralmente suportados por fundos municipais, e o prazo estimado para conclusão dos arranjos é fevereiro de 2019.
“Queremos enriquecer a visita ao Castro de Ovil com melhores condições para receber as pessoas e mais conteúdos disponíveis para que, mesmo em percursos sem guias da câmara, elas possam perceber o valor do que aqui está preservado desde a Idade do Ferro”, realça Pinto Moreira.
Segundo o arqueólogo Jorge Salvador, a zona em causa terá sido habitada desde o século IV a.C. e acolhido 120 a 160 pessoas até ao século I d.C, quando a aldeia foi abandonada para escapar à ocupação romana.
As construções identificadas no local destacam-se pela sua configuração circular e por serem edificadas em xisto, ao contrário do que predomina na maioria dos sítios castrejos portugueses, que terão recorrido sobretudo a granito.

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