Chegou ontem ao fim a segunda edição do Artes à Rua – Festival de Arte Pública, colocando ponto final a dois meses de uma programação intensa com mais de 150 espetáculos que registaram uma afluência de público na ordem dos 50 mil espetadores. O evento, que decorreu entre 12 de julho e 6 de setembro, envolveu mais de mil artistas e técnicos e proporcionou cerca de 50 novas criações.
As inúmeras manifestações artísticas ocorreram – quase sempre – em espaço público com acesso gratuito. A música, o teatro, a dança, o cinema, as exposições, as residências, as performances e algumas produções especiais aconteceram em praças, ruas e largos do centro histórico mas, também, em bairros da periferia, num total de 36 locais diferentes. Este facto confirma Évora como cidade cultural, numa altura em que decorre o processo de candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027.
Ontem, 6 de setembro, o espetáculo “Antropocenas” encerrou, no Teatro Garcia de Resende (TGR), o Artes à Rua ’18. A plateia assistiu a uma palestra dançada que resulta da colaboração entre Rita Natálio e João dos Santos Martins (em parceria com a Associação Pó de Vir a Ser) e que contou com a contribuição de diversos agentes nas áreas da ecologia, dança, antropologia e artes visuais. A narrativa parte da discussão em torno do Antropoceno (período mais recente na história do Planeta) e da atual crise climática.
Antes, ao final da tarde, também com o TGR como pano de fundo, atuaram as Vozes de Abril, em formato de miniconcerto, com o envolvimento de 10 grupos e mais de 100 vozes e músicos. As Vozes de Abril são o resultado do trabalho desenvolvido na oficina da Voz, durante o mês de Abril 2018, com direção Artística de Mara e Susana Bilou. Os grupos participantes foram o Grupo de Cantares Centro Convívio da CME, o Grupo Coral ARPIFHF, o Grupo de Cantares S.R.D.E., o Grupo de Cantares AHRIE, o Grupo Vozes do Alentejo, o Grupo Coral e Instrumental Vozes de Canaviais, o Grupo Cantares d’Évora, as Vozes do Imaginário, os Gigabombos do Imaginário, o Grupo Cantares Casa do Povo Nª Sª Machede e o Corué.