Após uma edição de grande destaque marcada pela participação do Presidente da República, o Correntes d’Escritas está de volta, de 20 a 24 de fevereiro de 2018.
Na preparação desta 19ª edição, a organização já está também de olhos no futuro para assinalar, em 2019, os 20 anos de Correntes d’Escritas com o desejo de que a Póvoa de Varzim seja eleita Cidade da Criativa da Literatura através da Candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO.
A pretensão deste galardão foi anunciada pelo Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Diamantino, na Conferência de Apresentação do evento.
Sobre a edição deste ano, o autarca revelou que vai trazer “mais de 80 escritores de 14 nacionalidades e diferentes geografias de línguas hispânicas e portuguesas à Póvoa de Varzim e o lançamento de 14 livros. É também lançada, na Cerimónia de Abertura, no Casino da Póvoa, a 21 de fevereiro, a 17ª Revista Correntes d’Escritas, dedicada a Luis Fernando Veríssimo, que estará presente no festival”. A escolha prende-se com o facto de ser um escritor que “tem uma relação muito próxima connosco. É um autor que marca também um certo estilo de escrita, em que utiliza o humor e a ironia como uma forma de crítica social. É uma personalidade que merece ser analisada aos olhos dos escritores. Tem uma pegada muito forte na literatura escrita em português”.
Ainda na Cerimónia Oficial de Abertura, para a qual o Ministro da Cultura foi convidado, são anunciados os vencedores dos Prémios Literários 2018.
A este propósito, o Vice-Presidente lembrou que “nestes 19 anos de Correntes d’Escritas, temos tido sempre cá Secretários de Estado, Ministros, o Presidente da República e esperamos poder continuar a contar com essa presença que vem sempre honrar-nos nesse dia”.
Luís Diamantino referiu-se à “Conferência de Abertura, também no dia 21, às 15h00, no Cine-Teatro Garrett. Esta será uma conferência diferente das outras porque o conferencista também é diferente dos outros – Ignácio de Loyola Brandão, que vai fazer uma conferência espetáculo, acompanhado pela cantora Rita Gullo e o músico Edson José Alves. Serão duas horas muito bem passadas, diferentes no início do Correntes d’Escritas”.
Após este momento, terá lugar a primeira de 10 Mesas que até sábado, dia 24, decorrem no Garrett. Além destas, a organização também inclui na programação outras duas mesas que terão lugar na Fundação Dr. Luís Rainha e no Theatro – restaurante, wine bar, livraria e galeria de artes. Na Fundação Dr. Luís Rainha vão reunir-se três tradutores – Rita Ray – tradutora para Bengali; Michael Kegler – tradutor para Alemão e Rui Zink – tradutor para Português – para debaterem o tema “Traduzir é encolher o mundo”. As artes plásticas e a poesia experimental e visual dão mote à mesa “É arte do poeta arquiteturar palavras” que vai juntar Emerenciano, José-Alberto Marques e Fernando Aguiar, no Theatro.
O Vereador anunciou que “o evento contempla ainda duas exposições: Um Realismo Cosmopolita: em torno do Grupo KWY, na Sala de Atos do Cine-Teatro Garrett, em colaboração com a Fundação de Serralves, e no dia 20, no Museu Municipal, será inaugurada uma exposição de desenhos de Júlio Resende, que foi aluno numa escola da nossa cidade e nesses anos que cá esteve fez muitos desenhos, alguns deles inéditos que estarão em exposição no Museu. Também vai ser lançado um catálogo da autoria do mestre Armando Alves. A exposição, intitulado “Júlio Resende na Póvoa de Varzim. Desenhos – anos 50”, realiza-se em colaboração com Lugar do Desenho-Fundação Júlio Resende”.
Com o objetivo de envolver toda a cidade no espírito literário do Correntes d’Escritas, o Vice-Presidente revelou que “este ano, lançamos um desafio aos comerciantes, que se intitula, Hoje a minha loja também é uma livraria, para que várias lojas da zona comercial tenham livros à venda no seu espaço, durante o evento”. Para além disso, “teremos também a poesia na rua. Logo a 17 de fevereiro, às 10h00, Vozes transeuntes nas ruas da poesia com Isaque Araújo, João Rios, Renato Filipe Cardoso e Rui Spranger partem do Mercado Municipal, com as nossas pescadeiras que pedem poemas aos nossos diseurs”. Os poetas fazem novo passeio literário, nas Escolas e Cine-Teatro Garrett, no dia 21, de manhã e à tarde, respetivamente. Além destes, haverá outros momentos dedicados à poesia.
Outra vertente fundamental do Correntes d’Escritas é promover o encontro dos escritores com alunos dos diferentes níveis de ensino das nossas escolas.
Há semelhança do que vem acontecendo há quase duas décadas, é esperada sala cheia nesta 19ª edição do Correntes d’Escritas, um evento que conta já com muitos “adeptos da literatura que vêm de todas as regiões do país, desde o Algarve a Vila Real e Chaves”, revelou Luís Diamantino, acrescentando que “em 2017, passaram pelo encontro cerca de 50 mil pessoas”.
Susana Saraiva, do Casino da Póvoa (principal patrocinador do evento), também marcou presença nesta cerimónia e afirmou ser “um gosto para o Casino estar associado ao Correntes d´Escritas e a todo este evento que cada vez traz mais gente à Póvoa de Varzim e permite que a cidade seja falada em todo o País.”
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